21 Dezembro 2022 | Renata Vomero
Retrospectiva 2022: Os acontecimentos mais marcantes do ano no mercado de cinema
Retomada, boas bilheterias, escassez de lançamentos, fusões e trocas de gestão se destacam
Compartilhe:
É, amigos, lá se vai 2022. Que ano, hein? Com início ainda repleto de incertezas, diante da variante Ômicron impactando o mundo e a indústria, que se adaptou e se reformulou, agora o setor consegue caminhar por uma trilha um pouco mais estável e clara. Apesar das dificuldades, e não foram poucas, uma palavra realmente parece despontar entre os acontecimentos na área: retomada.
Retomada das salas de cinema, retomada de uma quase normalidade já sem a máscara, retomada dos filmes, do público, dos eventos, do toque e da troca de olhares. Todos esses momentos foram marcos no mercado neste ano, que também passou por mudanças, desafios, dificuldades e momentos de celebração.
Pensando nisso, a Exibidor decidiu fazer a primeira Retrospectiva do Ano, trazendo alguns – dos muitos – acontecimentos que marcaram 2022 e que podem nortear ou dar algumas pistas do que vem pela frente no novo ano.
Lá no início de 2022, no que parece uma década, eu sei, a indústria celebrava os exorbitantes resultados de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Sony). Embora lançado no fim de 2021, neste ano a produção colheu excelentes frutos, sendo a melhor bilheteria da pandemia e figurando entre as melhores da história, com US$1,9 bilhão em arrecadação global. Tudo isso mesmo estando em cartaz em um momento em que a variante Ômicron provocou uma nova onda de casos de Covid-19.
Aliás, em 2021, muito impulsionado pelo sucesso do filme, mas também pela volta dos títulos que ficaram represados durante 2020, os números começaram a dar os primeiros sinais de recuperação. A bilheteria global ficou em US$21,4 bilhões, uma recuperação de 78% com relação a 2020. 2022 já conta com projeções ainda melhores, embora tenham sido reconfiguradas depois da escassez de blockbusters em parte do segundo semestre, mas espera-se que o ano fique apenas 29% abaixo dos números do excelente 2019 e que 2023 esteja apenas 7% aquém, o que já é um indicador de integral recuperação.
Se estamos falando em bilheterias, há nelas diversas surpresas –boas e ruins –, mas vamos falar das boas. Os filmes de herói seguiram fazendo excelentes números nos cinemas (tomamos aqui como exemplos os ótimos Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Thor: Amor e Trovão e Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), no entanto, a melhor performance do ano ficou nas mãos do astro de 60 anos de idade: Tom Cruise.
Top Gun: Maverick (Paramount) pegou a indústria de surpresa e mostrou que o público está ávido por um filmão digno de sua bilheteria global de US$1,4 bilhão, com muita ação, drama, comédia e grandes emoções, além do ingrediente sempre certeiro no momento: nostalgia.
Aliás, a matéria mais lida na Exibidor neste ano trata justamente de uma das análises dos resultados deste grande sucesso, que cresceu no boca a boca e fez uma das melhores sustentações do ano, segurando o topo das bilheterias (ou ao menos o Top 5) semana a semana. O longa também foi responsável por trazer de volta à sala escura o público 50+, que talvez não estivesse se encontrando em outros lançamentos, um mérito admirável para a Paramount.
Outros filmes chegaram e fizeram bonito, mostrando que há espaço para excelentes resultados além dos filmes de herói: caso de Minions 2: A Origem de Gru (Universal), maior animação do ano, com US$939, 9 milhões globais, e Jurassic World: Domínio (Universal), com US$1 bilhão, um dos poucos a alcançar tal marca ainda em 2022. Até o fechamento desta matéria, em 20 de dezembro, temos apenas os resultados da abertura de Avatar: O Caminho da Água (Disney), que fez estrondosos US$435 milhões em seu fim de semana de estreia. Provavelmente ainda teremos muito a falar do filme de James Cameron em 2023.
Porém, não tem como não falar de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, o filme de multiverso de 2022. Tratado por muitos como o melhor filme do ano, a produção da A24 já desponta entre os favoritos para a temporada de premiações e deve ficar no coração do público por longo período. A chegada do filme no Brasil veio com grande expectativa e se mostrou um acerto da Diamond Films e Galeria em apostar em um conteúdo que foge do convencional.
E pensando em outros títulos que se destacaram, o Brasil fez bonito demais, dando ao público as duas preciosidades de: Medida Provisória (Elo Studios) e Marte Um (Embaúba). O primeiro marcou a estreia de Lázaro Ramos na direção e movimentou os cinemas, sendo assistido por mais de 400 mil pessoas e esquentando o debate acerca do racismo no Brasil.
Já Marte Um conquistou o público no Brasil e no exterior, chamando atenção desde sua exibição no Festival de Sundance no início do ano e ganhando força no decorrer de outros eventos e festivais, também com o público. O longa dirigido por Gabriel Martins é o nosso escolhido para representar o Brasil em uma possível indicação de Filme Estrangeiro no Oscar 2023.
Temporada de Premiações
Com a cabeça no Oscar, é impossível não falar desta edição do prêmio, marcada por polêmicas. Mas antes disso, é preciso destacar dois dos filmes que foram mais consagrados na temporada de premiações: Ataque dos Cães e No Ritmo do Coração.
Ambos são produções do streaming, o primeiro da Netflix e o segundo da AppleTV, embora no Brasil tenha sido distribuído pela Diamond Films. Ataque dos Cães vinha como favorito por ter se destacados nas premiações anteriores, no Oscar o filme foi bastante reconhecido e a diretora Jane Campion recebeu a estatueta por seu trabalho na direção, tornando-se a terceira mulher na história do prêmio a conseguir tal feito.
Ao que tudo indicava este seria o primeiro Oscar de Melhor Filme da Netflix, no entanto, o filme vencedor da noite foi No Ritmo do Coração, também dirigido por uma mulher, no caso Sian Heder. O longa também fez história pela diversidade no elenco, com boa parte da equipe formada por pessoas com deficiência auditiva.
No entanto, a noite acabou sendo marcada pela briga entre Chris Rock e Will Smith, que subiu ao palco e deu um tapa na face do comediante, que apresentava uma das categorias. Até o momento Will Smith enfrenta uma espécie de resistência da indústria que recriminou sua atitude para proteger a esposa.
Rússia
O início do ano também foi marcado pela Guerra da Rússia contra a Ucrânia, que se estende até o presente momento, sem dar grandes sinais de fim. Com o clima esquentando e grandes ameaças dos ataques escalarem para além do território ucraniano, podendo gerar grandes eventos trágicos, até o cinema tomou partido nessa crise.
A Rússia sofreu grande boicote dos principais festivais de cinema do mundo, entre eles Cannes, Glasgow e Estocolmo, que não selecionaram filmes russos ou aceitaram a visita de delegações do país.
Hollywood não deixou de se posicionar cancelando os lançamentos de seus filmes até o momento. Tudo isso tem gerado uma grande crise no setor de exibição russo, que tem se apoiado em diversos momentos na pirataria para tentar conseguir apresentar ao público novidades quentes na programação. Inclusive, o país tem até estudado uma forma de “legalizar” a prática para dar conta de manter a indústria ativa.
Retomada Ancine
Em se tratando de manter a indústria ativa, no Brasil, depois de uma longa e complicada novela, a Ancine retomou suas atividades de forma mais célere. A Agência Nacional de Cinema já no começo do ano lançou uma série de editais que fazem parte de um novo plano de ação do FSA.
Todos os movimentos foram em prol de voltar com as atividades e impulsionar a produção nacional, passando por novos talentos, documentários, ficção, séries, entre outros. O plano tinha como planejado um aporte total no valor de R$651,2 milhões.
Retomada Cinemateca
Outra triste e complicada novela no setor audiovisual brasileiro foi a dramática situação da Cinemateca Brasileira. Deixada de lado por mais de um ano, tendo o próprio galpão incendiado no período, a instituição retomou as atividades com a gestão da Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC). Com a diretoria anunciada em março, as atividades do espaço foram retomadas em maio com uma bela homenagem a Zé do Caixão. Desde então, a Cinemateca segue operando com diversas mostras, eventos e exibições.
Players brasileiros
Com a volta do setor mesmo que ainda em ritmo menos acelerado do que se imaginava, os players brasileiros não deixaram de se movimentar para trazer grandes novidades para o mercado e para a tela grande.
Consolidando sua parceria com a Netflix e a Mubi, a O2 Play, além de pensar em novidades brasileiras para os cinemas em janela tradicional, seguiu garantindo diversos fortes conteúdos destas plataformas na tela grande.
Desde títulos consagrados nas premiações, como Mães Paralelas e Drive My Car, passando por Crimes of The Future, Bardo, Aftersun, Pinóquio, Ruído Branco, entre muitos outros – já de olho nas premiações do ano que vem –, a O2 Play trabalhou para que cada um destes títulos encontrasse seu público e mostrasse que o streaming não é o vilão da vez.
Já a Vitrine Filmes fez uma movimentação interessante para estreitar as relações entre exibidores, a distribuidora e um público ainda maior. No início do ano, a empresa lançou o selo Manequim Filmes com uma pegada mais comercial no intuito de ampliar sua presença no mercado. O detalhe: são apenas filmes brasileiros.
Também fazendo um aceno ao mercado, a Elo Company se reestruturou e agora se posiciona como Elo Studios, indicando seu DNA também voltado para a produção de cinema, passando por cada elo – olha aí - do mercado. O anúncio da mudança foi feito durante a Expocine, evento em que a empresa também celebrou o sucesso de Medida Provisória.
Outra empresa que também passou por reposicionamento de marca foi a Globo Filmes, que em 2023 comemora 25 anos. A produtora mudou toda a sua identidade visual indicando uma aproximação entre todo o ecossistema Globo, bem como reafirmando seu compromisso com o cinema nacional e os exibidores. No meio do ano, a empresa assinou 20 contratos para produções brasileiras dando prioridade para a diversidade de gêneros e estilos em tela.
Em uma direção semelhante, a Paris Filmes anunciou um pacote histórico para o desenvolvimento de histórias brasileiras para os cinemas entre 2022 e 2025: no período serão lançados 61 longas para todos os públicos.
Panorama Nacional
Há muito o que se comentar sobre o ano no mercado brasileiro. Como já mencionamos acima nesta retrospectiva, diversos títulos conquistaram excelentes números neste ano. Todos estes resultados levaram o mercado brasileiro a acelerar a sua recuperação. No meio do ano, os dados do OCA (Observatório Brasileiro do Cinema e Audiovisual) mostraram que os resultados já se aproximavam do total de 2021 (ano duramente impactado pela pandemia).
No primeiro semestre, o mercado registrou público de 44,5 milhões de espectadores e renda de R$869,9 milhões. Neste momento (lembrando que a matéria foi finalizada em 20 de dezembro), os dados registram R$1,7 bilhão em renda e 87,9 milhões em público.
Para os filmes brasileiros, houve 2,7 milhões de espectadores no primeiro semestre e renda de R$48,8 milhões. Embora tenha grande recuperação com relação aos resultados dos picos da pandemia, os números evidenciam a discrepância com os valores totais, que são impulsionados pelos blockbusters de Hollywood. Atualmente, no OCA, os filmes brasileiros foram responsáveis por apenas 4,58% do público e 4,25% de renda do ano.
Tendo estes valores do primeiro semestre destacados, as distribuidoras brasileiras ou majors ressaltaram suas apostas para os cinemas na outra metade do ano. O período contou com uma escassez de grandes blockbusters, que acabou desacelerando a recuperação, planejada para ser reaquecida em 2023. No entanto, mesmo sem estes arrasa quarteirões, o calendário contou com títulos voltados para todos os públicos, atingindo gostos variados e até surpreendendo o mercado.
E uma semana em específico ganhou enorme destaque no semestre: A Semana do Cinema. Em uma ação inspirada no National Cinema Day dos EUA, que rendeu grandes públicos aos cinemas do país, a FENEEC, em parceria com a Abraplex, criou tal iniciativa em setembro garantindo ingressos a preço de R$10 e combos de pipoca em valores promocionais.
O resultado? Houve crescimento de 296% de público e 127% de renda. 3,3 milhões de pessoas foram aos cinemas na semana de 15 e 21 de setembro, quando foi realizada a ação, e isso gerou renda de R$36 milhões aos cinemas. Um momento histórico que visava celebrar a retomada da indústria e também estimular o público a frequentar a sala escura.
O filme que melhor se beneficiou dessa ação foi Órfã 2: A Origem. Novidade na programação na semana acima citada, o filme fez de cara público de 1 milhão de pessoas e, junto a uma excelente campanha desenhada pela distribuidora, alcançou o valor de 2 milhões de espectadores. Este foi o melhor resultado da Diamond no Brasil e o melhor do ano para o gênero.
Há outra celebração brasileira, em 2022 fez 25 anos que foi inaugurada a era dos multiplexes no Brasil. Estes grandes complexos foram responsáveis por revolucionar a forma que se consumia cinema no país, atraindo o público para dentro dos shoppings em unidades com um maior número de salas. Tanto Cinemark, quanto UCI celebraram seus 25 anos no país em 2022.
Pensando no mercado brasileiro, 2022 foi o ano que conseguiu promover a volta dos encontros presenciais em uma série de eventos que retornaram ao formato físico. Como o Rio2C, FestCampos, Show de Inverno, Mostra de São Paulo, Festival Varilux, Festival de Gramado, a Expocine, Festival do Rio e CCXP.
Panorama geral
Em termos gerais, o que aconteceu no Brasil se refletiu no cenário global, com um primeiro semestre mais forte e rentoso e outro indicando desaceleração. Como mencionado na abertura deste texto, desta forma, as projeções para o ano foram sendo redesenhadas ao longo dessas mudanças, a expectativa é de que a bilheteria global fique em torno de US$25 bilhões. Ainda distante dos mais de US$40 bilhões de 2019, mas importante lembrar que esse foi o maior ano da história da indústria.
Levando tudo isso em consideração, para além dos números de receita, os cinemas e os estúdios se movimentaram para trabalhar em torno da retomada do hábito de ir ao cinema do público. Depois de dois anos com os clientes acostumados com o streaming, e mais ainda, acostumados a ver uma janela encurtada ou inexistente entre a chegada do filme na tela grande e em casa, Hollywood entendeu que precisava reforçar a mensagem de que a partir desse momento se o público queria ver este filme enquanto estava quente, deveria se dirigir ao cinema.
Foi aí que houve um boom nas campanhas de marketing dos exibidores e dos estúdios destacando a informação mais importante daquele momento: Somente nos cinemas. Esse detalhe passou a ser destaque total nos cartazes e trailers, ficando acima, inclusive, da própria informação sobre a data de estreia do filme.
Com toda essa movimentação, embora em um ano ainda abaixo da expectativa, a América do Norte conseguiu retomar a coroa de maior mercado do mundo, posto que vem dividindo com a China, especialmente nos últimos anos.
No primeiro semestre do ano, os cinemas chineses somaram bilheteria de US$2,6 bilhões e a América do Norte somou US$3,7 bilhões. A expectativa é de que a China feche o ano com renda total de US$5,2 bilhões e a América do Norte com US$7,5 bilhões.
As relações entre ambos seguem estremecidas. Pouquíssimos foram os títulos de Hollywood lançados na China. Estão entre eles: Batman, Jurassic World e Minions 2. Fica claro, portanto, a importância estratégica que a China tem para a América do Norte e vice-versa, com ambos se beneficiando de sua força de mercado. Avatar 2 foi o último filme anunciado na China, onde fez abertura de US$57 milhões.
Fusões e gestões
Em um movimento que se fortaleceu na pandemia e se consolidou em 2022, diversas empresas firmaram fusões e aquisições no ano. No Brasil, teve destaque a junção das operações entre os streamings do Telecine e Globoplay, que passaram a ter a operação integrada como forma de fortalecer a indústria brasileira e oferecer um cardápio ainda mais robusto de filmes nacionais, novidades e clássicos.
Mas teve uma fusão em específico que rendeu pauta para o ano inteiro: Warner e Discovery. Tornando-se Warner Bros. Discovery (WBD), a empresa agora comandada por David Zaslav foi centro de diversos debates, discussões e transformações. A nova gestão passou por um certo reposicionamento, com a WBD anunciando cortes e cancelamentos de filmes, novo streaming para 2023, mudanças na HBO Max e o foco total nas franquias de cinema, a DC ficou ainda mais fortalecida e segue passando por reestruturação, devendo ser a grande protagonista deste novo momento.
Quem também consolidou uma grande – e bota grande nisso – aquisição foi a Amazon, que adquiriu nada mais, nada menos do que o estúdio MGM, um dos maiores da indústria e que conta com o maior catálogo de filmes e conteúdos de Hollywood. Embora, assim como a WBD, a aquisição tenha começado em 2021, sua consolidação aconteceu apenas neste ano, reforçando o quanto a Amazon está disposta em investir alto para ficar entre os maiores players de streaming do mundo.
E a Disney não ficaria de fora dessa dança das cadeiras, depois de passar por uma gestão no mínimo controversa, Bob Chapek se despediu do cargo de CEO, assumido no início de 2020, que foi passado novamente para seu antigo responsável: Bob Iger. O executivo promete organizar a casa e retomar o crescimento do conglomerado. Sob sua administração de 15 anos, Iger elevou o valor de mercado da Disney de US$55 bilhões para US$260 bilhões em janeiro de 2020.
Novela Netflix
A Netflix merece um capítulo à parte nesta retrospectiva. Maior player de streaming, o conglomerado deu indicativos para onde apontava o futuro do segmento: desaceleração. Depois de anos registrando resultados de crescimento, pela primeira vez a Netflix apresentou queda de assinantes e não foi pouca, de 200 mil clientes.
As projeções da própria empresa eram ainda mais dramáticas, estimando uma queda de mais de dois milhões de clientes até o meio do ano. No entanto, para conter essa perda, a empresa anunciou uma série de medidas para recalcular a rota, entre elas estiveram mudar a estratégia de investimento em produções, criar uma versão mais acessível com propaganda e até lançar uma funcionalidade para barrar o compartilhamento de senhas.
Tudo isso deu certo, no meio do ano a perda foi de 1 milhão, embora grande, muito menor do que o impacto esperado. Já no trimestre seguinte veio a reviravolta, 2,4 milhões de novos clientes conquistados na unha e dentro dessas grandes mudanças. Ainda há tensão no ar para ver quais serão os próximos passos e resultados, mas com estes valores a Netflix voltou a respirar um pouco mais aliviada e deve fechar o ano com bons números.
Política Nacional
Seria impossível finalizar esse texto sem sequer mencionar as Eleições 2022. Depois de quatro anos do Governo Bolsonaro, que cortou o Ministério da Cultura, promoveu paralisações e crises no setor e ainda ameaçou extinguir a Condecine, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva as expectativas vão ao encontro de uma real e mais célere retomada.
Na Exibidor, cobrimos os planos de governo dos dois candidatos para a área da cultura, além de fazer reportagem após a definição para entender as perspectivas do mercado quanto ao novo Governo Lula. Entre as demandas está a retomada do Ministério da Cultura (já tendo até o nome de Margareth Menezes anunciado), fortalecimento e retomada de políticas públicas, regulação do streaming, volta da Cota de Tela e mais investimentos no cinema nacional e na indústria como um todo. O terceiro mandato de Lula tem início em 1 de janeiro de 2023.
Compartilhe: