04 Outubro 2022 | Renata Vomero
Globo Filmes ganha nova identidade visual e faz reposicionamento de marca
Nova comunicação reforça apoio ao cinema brasileiro, à diversidade e maior proximidade com o ecossistema Globo
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A Globo Filmes acaba de anunciar seu novo posicionamento de marca acompanhado de uma mudança em sua identidade visual. Próxima de completar 25 anos, com a nova posição, a produtora reforça o apoio ao cinema brasileiro, à diversidade – em todos os sentidos – e a conformidade com o ecossistema Globo, enfatizando a proximidade entre as telas.
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“Buscamos uma nova marca que mostre essa evolução, que mostre a gente sempre correndo atrás de estar se modernizando, buscando novos formatos, mas sempre com esse olhar na janela de cinema”, contou a head da Globo Filmes, Simone Oliveira.
A nova marca vem acompanhada de um logo diferenciado, mais próximo do próprio visual do Grupo Globo, e também de uma vinheta que enfatiza as janelas de exibição e o próprio cinema brasileiro, um dos pontos fortes desse novo momento, algo que acompanha o DNA da empresa desde seu nascimento.
“Estamos com foco nas parcerias também que possam impulsionar o audiovisual brasileiro e pensar nesse cinema que a gente quer que seja cada vez mais plural, inclusivo, acessível, sustentável, são vários desejos que a gente quer com essa nova Globo Filmes”, reforçou a executiva.
Entre esses desejos, está o de impulsionar a diversidade entre os realizadores, que tenham cineastas pretos, indígenas e de fora dos eixos padrões, mas também trabalhar em uma diversidade de gêneros cinematográficos, que abrace todos os públicos. Por fim, focando em uma variedade de possibilidades, que passe pelo cinema comercial, em uma via, e também com títulos de visibilidade em festivais, por outra via. Promovendo assim, uma diversidade em “todos os sentidos da palavra”. Tendo em vista também as equipes internas.
A mudança, que vai do logo com referência à película de 35mm à nova marca que aproxima todo o ecossistema Globo, foi criada ao longo de um processo que durou cerca de seis meses e desenhada junto ao time de Marca e Comunicação do conglomerado.
Para tal, foram realizadas uma série de entrevistas com o mercado para entender como a marca era vista e estava posicionada. A partir disso, foram realizadas diversas reuniões com os times de criação, além dos parceiros internos de outras marcas da Globo, então, foi compreendida a importância de aproximar e mesclar as frentes do grupo, em um movimento visto em toda a indústria Brasil a fora.
“A gente viu que tinha que olhar para o filme como um todo, por toda essa cadeia, e aproveitar o que a gente tem de mais forte que é esse ecossistema Globo, podemos lançar o filme no cinema e dar toda a visibilidade para essa janela, aproveitando que temos a TV aberta para divulgar, toda expertise da área de conteúdo para ajudar, conseguimos financiar uma parte do filme, além disso outras janelas podem ajudar nesse financiamento, o streaming então se torna muito importante para negociar esse valor e aqui temos ajuda quanto a isso. Podendo negociar previamente, temos o Globoplay, com eles entrando como coprodutores também, algo que não faziam muito, fazemos isso também com o Telecine, que já fazia antes também”, explicou Oliveira.
A Globo Filmes deixa claro que esse novo posicionamento mantém como reforço o cinema como primeira janela, conservando o mesmo período, de cerca de três meses desde que a pandemia começou, para a chegada do título no streaming. Inclusive, entendendo que o filme sendo bem trabalhado para os cinemas, ganha força quando chega ao streaming, sendo um diferencial para o público.
A nova marca da Globo Filmes será apresentada ao mercado audiovisual durante o Festival do Rio, no início de outubro. No evento, a Globo terá seis longas na programação e estará presente no Rio Market em dois painéis: no dia 10, às 18h, no “Globo Filmes - reforçando o modelo de coproduções brasileiras”, com Simone Oliveira e mediação do cineasta Jeferson De; e no dia 13, às 14h, em um painel sobre a atuação da Globo no mercado audiovisual brasileiro, que contará, além da presença de Simone, com executivos do Globoplay e da TV Globo.
Embora seja um momento ainda de alinhamento entre os filmes que estavam programados para estrear, a nova vinheta deve ser inaugurada com Aumenta que é Rock and Roll, um dos próximos lançamentos com assinatura da Globo Filmes na produção e que deve chegar ao público em novembro.
Inclusive, depois de retomar com força as filmagens apenas em 2022, a Globo Filmes deve totalizar o lançamento de 21 longas de ficção até o fim do ano, enquanto soma 17 filmagens que devem chegar em breve aos cinemas. Ao todo, há uma cartela de mais de 130 filmes em desenvolvimento – cada um em uma etapa diferente de produção, sem data de estreia confirmada, por enquanto – embora, passado o represamento da pandemia, que ainda se reflete nesses números, a ideia é diminuir o total de títulos por ano.
“A gente vai lançar ano que vem cerca de 20 filmes e procuramos mais pra frente ter uma carteira um pouco mais enxuta, nosso ideal é que a gente lance 13 filmes de ficção e quatro documentários por ano, mas temos essa expectativa de que o público volte ao cinema, volte a ver os filmes nacionais no cinema”, disse Simone, enfatizando o compromisso com a grande tela: “Estamos trabalhando para trazer essa experiência imersiva, trazendo bons filmes para o público. Cada um fazendo sua parte, os exibidores oferecendo um espaço confortável com boa tecnologia, a gente levando filmes que interessam ao público. E, unidos, que vamos trazer esse público de volta”, encerrou.
No mercado desde 1998, a Globo Filmes conta com mais de 400 filmes no portfólio, como produtora e coprodutora, passando por sucessos de bilheteria e indicações ao Oscar. Os sucessos mais recentes da empresa, como Marighella, Turma da Mônica: Lições e Medida Provisória, fizeram o público voltar às salas pós-pandemia para prestigiar um cinema que fala a nossa língua.
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