18 Julho 2019 | Thais Lemos
Bolsonaro pode extinguir a Ancine
Presidente estaria incomodado com projetos aprovados pela agência
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Desde que Jair Bolsonaro (PSL) assumiu a presidência do Brasil no início deste ano, o destino do cinema nacional ficou incerto. De acordo com Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, o presidente pode extinguir a Ancine ou transferí-la do Ministério da Cidadania para a Secretaria de Comunicação (Secom), órgão responsável pela comunicação do Governo Federal.
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Isso pode acontecer por conta de projetos aprovados pela Ancine, considerados absurdos por Bolsonaro. Um dos exemplos seria o Born to Fashion, um reality show que revelaria modelos transsexuais. Além disso, o presidente também estaria incomodado com a disputa acirrada por cargos na área da cultura.
Bolsonaro deve se reunir ainda hoje (18), com Osmar Terra, ministro da Cidadania, para definir o papel da agência. O encontro foi confirmado pela pasta. Procurado pelo Portal Exibidor, Christian de Castro, diretor-presidente da Ancine, não pode responder até o momento.
Histórico
Uma das primeiras mudanças foi a extinção do Ministério da Cultura, tendo suas atribuições unidas na pasta da Cidadania, que reúne assuntos dos ministérios da Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social. Em abril, diversos projetos perderam o patrocínio da Petrobras, fazendo que com que importantes festivais e eventos do mercado cinematográfico buscassem outras maneiras de se manter.
Também em abril deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Ancine suspendesse os repasses de recursos públicos para o setor audiovisual enquanto não estivessem em condições técnicas para analisar as prestações de contas dos projetos apresentados à agência. As análises orçamentárias voltaram a ser deliberadas apenas no final de junho.
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