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11 Novembro 2016 | Vanessa Vieira

Disney fecha ano fiscal com recorde de arrecadação

Estúdio faturou com títulos como “Procurando Dory”, mas seus resultados do terceiro trimestre de 2016 foram um pouco abaixo do esperado

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(Foto: Disney | Lucasfilm)

Depois da Fox, Warner, Universal e Sony, agora foi a Disney quem divulgou seus resultados financeiros no terceiro trimestre de 2016, considerado o último trimestre do ano fiscal da companhia.

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Em relação à arrecadação nos cinemas, o período de julho a setembro somou US$ 1,8 bilhão, número 2% maior do que o da mesma época de 2015. O destaque principal desse trimestre foi Procurando Dory, que passou do US$ 1 bilhão de bilheteria global, sendo o terceiro longa com mais arrecadação no mundo neste ano e o maior lançamento de 2016 nos Estados Unidos. No entanto, o chamado lucro operacional do estúdio foi de 28% a menos devido aos resultados abaixo do esperado de Meu Amigo, O Dragão e Rainha de Katwe.

Se contabilizado todo o ano fiscal de 2016 para a Disney, a companhia bateu seu próprio recorde de bilheteria com US$ 7,5 bilhões somando os sucessos de Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, Capitão América – Guerra Civil, Procurando Dory e Zootopia – todos com mais de US$ 1 bilhão de bilheteria –, além de Mogli – O Menino Lobo, que faturou mais de US$ 900 milhões no mundo.

No entanto, apesar dos ótimos resultados nas telonas, o grupo Disney apresentou um resultado deste trimestre um pouco abaixo do esperado com ganho de US$ 13,1 bilhões em ações, cerca de US$ 400 milhões a menos da expectativa do mercado. Essa é apenas a segunda vez que o conglomerado de mídia não atende às estimativas dos analistas de Wall Street.

Parte dessa queda nos resultados da empresa no período se deve à redução da performance do canal ESPN, conhecidamente uma das mais importantes fontes de faturamento da Disney. Neste trimestre o canal arrecadou 7% a menos com um total de US$ 3,9 bilhões com lucro 13% menor do que no ano passado. Em outubro, a ESPN ainda perdeu mais 3% de seus assinantes – essa foi a maior queda mensal de assinantes do canal.

No entanto, se somado o ano fiscal de 2016, a Disney bateu, pelo sexto ano consecutivo, seus recordes de faturamento por conta dos sucessos nos cinemas, da abertura do Shanghai Disney Resort e o retorno da franquia Star Wars, que impacta outras áreas da companhia além das bilheterias – tudo somou mais de US$ 55 bilhões. “Nós continuamos confiantes de que a Disney continuará a entregar um forte crescimento a logo prazo conforme nós fortalecemos nossas marcas e franquias, capacidade tecnológica e presença internacional”, afirma Bob Iger, CEO da Disney, em comunicado oficial.

O parque da Disney em Xangai também merece um destaque especial por já ter recebido mais de 4 milhões de pessoas desde sua abertura em junho deste ano, somando US$ 5,5 bilhões. A expectativa agora é de que o parque entre em um ponto de equilíbrio de arrecadação ainda em 2017, mas que, por volta de 2020, o local já tenha passado o faturamento do tradicional parque da Disney nos EUA.

Outros resultados

Quem também divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2016 foi a MGM. O estúdio registrou um aumento de 41% no faturamento do período, porém seu lucro líquido caiu de US$ 124 milhões somados em 2015 para US$ 12 milhões neste ano.

Parte desse número se deve, segundo a MGM, a um benefício fiscal que a empresa teria recebido no ano anterior e também ao resultado abaixo do esperado de Ben-Hur. O lançamento distribuído pela Paramount teve orçamento de US$ 100 milhões com bilheteria global de US$ 94 milhões. Um dos países com maior arrecadação para o filme foi a Coreia do Sul (US$ 10 mi), mas a maioria da bilheteria de Ben-Hur veio dos EUA (US$ 27 mi).

A MGM atribuiu ao filme uma perda de US$ 48 milhões, no entanto, o filme ainda deve somar mais bilheteria entre o fim de 2016 e início de 2017 quando estreia em grandes mercados como a China e o Japão. O estúdio também contou com outros lançamentos chegando à telona nesse último trimestre como Sete Homens e Um Destino, longa distribuído pela Sony que somou US$ 159 milhões mundialmente com orçamento de US$ 90 milhões.

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