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01 Novembro 2016 | Vanessa Vieira

Sony tem lucro no terceiro trimestre com destaque para filmes de baixo orçamento

“Festa da Salsicha” e “O Homem nas Trevas” foram os mais rentáveis do estúdio no período

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O filme "O Homem nas Trevas" (Foto: Sony)

O terceiro trimestre real, considerado também o segundo trimestre fiscal, historicamente tem sido um período de perdas para a Sony Pictures. Afinal, o último ano em que o estúdio teve bons resultados nesse período foi em 2012, quando faturou um total de US$ 2 bilhões segundo dados do portal Deadline. Entre 2013 e 2015, a empresa registrou perdas que giraram em torno de US$ 190 milhões nos respectivos terceiros trimestres.

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Mas, em 2016, o estúdio pode comemorar por ter conquistado o primeiro lucro em terceiro trimestre dos últimos quatro anos, com US$ 32 milhões. O faturamento nas bilheterias mundiais mostra crescimento de 5% em relação ao ano passado, totalizando US$ 1,9 bilhão.

O aumento do lucro na área de filmes do grupo Sony se deve boa parte pelo sucesso de filmes de baixo orçamento como O Homem nas Trevas, que custou apenas US$ 9,9 milhões e somou US$ 151 milhões de renda. O longa foi um dos sucessos de terror deste ano e se mostrou também o filme mais rentável da Sony no terceiro trimestre real de 2016, seguido por Festa da Salsicha. A animação para adultos somou, só nos EUA, mais de US$ 80 mil durante o período e hoje tem bilheteria global de US$ 136 milhões com previsão de ainda estrear em mais quatro territórios. O Homem nas Trevas também deve entrar em dois novos países.

Quem também foi rentável ao estúdio, porém com resultado abaixo do esperado pelo mercado segundo o portal Variety, foi Caça-Fantasmas. Com orçamento de US$ 144 milhões, o remake somou US$ 229,1 milhões mundialmente. Segundo Kenichiro Yoshida, CFO da Sony que se pronunciou em coletiva de imprensa em Tóquio (Japão), o longa não atingiu o objetivo da empresa, mas o estúdio deve continuar com seu foco em franquias.

As vendas da Sony Pictures também apresentaram crescimento no terceiro trimestre, com alta de 25% se considerado o dólar como base. No entanto, como o Yen, moeda japonesa, apresentou alta no período, os resultados positivos do estúdio foram reduzidos. “A mudança na produção cinematográfica, que é o segmento mais difícil para a atuação da Sony Pictures Entertainment, está progredindo, mas levará tempo para mostrar mais resultados”, afirmou Yoshida, que também destacou que a empresa ainda não bateu as metas estabelecidas no início do ano.

O bom resultado da empresa voltada à produção e distribuição audiovisual ajudou a minimizar o impacto da perda apresentada pelo grupo Sony como um todo. Isso porque, no período em questão, o conglomerado de mídia e tecnologia registrou uma queda de 48% de lucro em relação a 2015 ao somar US$ 453 milhões. O lucro líquido de 2016 foi de US$ 48 milhões contra os US$ 280 milhões do terceiro trimestre do ano passado. Parte desse baixo resultado também é resultado da alta constante do Yen.

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