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23 Março 2016 | Vanessa Vieira

3D pode impulsionar bilheterias em 2016

Neste ano, mais de 20 filmes foram ou serão exibidos em 3D no Brasil

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(Foto: Shutterstock)

Após quase 10 anos desde a instalação da primeira sala de exibição digital em 3D no Brasil na unidade da rede Cinemark do Shopping Eldorado em dezembro de 2006, o formato sofreu altos e baixos no mundo, embora o País não tenha sentido tanto essa oscilação. As três dimensões já passaram por rumores de que acabariam, assim como foram a principal aposta tecnológica de uma época. Mas, apesar de toda a expectativa sobre o 3D sair ou não dos principais formatos de exibição, ele se mantém presente na cinematografia.

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Em 2016, por exemplo, mais de 20 filmes já tiveram ou terão exibição em 3D no Brasil indo desde novas animações como Zootopia, passando por franquias em live-action ou em animação como Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça, Kung Fu Panda 3 e Procurando Dory, até projetos de novas sagas live-action como Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos. Isso sem contar longas que já entraram neste ano com exibições no formato como Star Wars: O Despertar da Força, Deadpool, Deuses do Egito e Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, o Filme.

Animações, inclusive, já são um gênero que está presente desde a primeira exibição digital 3D no País, com o lançamento do longa A Casa Monstro em 2006. Falando em sucessos do formato, vale lembrar de Avatar, produção filmada em 3D, lançada em 2009 e o longa com maior bilheteria mundial até hoje segundo a BoxOffice Mojo – US$ 2,7 bilhões. Em seu primeiro fim de semana, o filme recebeu mais de 70% de sua arrecadação das salas 3D, o que demonstra o apelo da exibição no formato junto ao público na época.

Outro caso que se tornou famoso ao se aliar à essa tecnologia, ainda que com uma receita menor, foi A Travessia, longa lançado em 2015 que conquistou bilheteria mundial de US$ 61 milhões e, no Brasil, vendeu 139 mil ingressos. Apesar da bilheteria consideravelmente menor que a de Avatar, ainda que tenha coberto seu orçamento de US$ 35 milhões, A Travessia criou um buzz na mídia e entre espectadores graças à imersão que conquistou ao usar a exibição 3D mesmo sem ter sido filmado em três dimensões. O longa chegou até a causar mal-estar em alguns espectadores, que sentiram sintomas de vertigem.

Com essa reação poderosa, o filme até virou experimento em realidade virtual, onde o usuário deveria simular a travessia em cabo de aço que o protagonista realiza na produção, quando atravessa o vão entre as antigas Torres Gêmeas.

Tudo pela imersão

O 3D foi levado também para complementar outros formatos de exibição como as salas de tela gigante. Além das salas IMAX, por exemplo, vários exibidores criaram suas próprias salas Premium Large Format – PLF que também são capazes de exibir longas em três dimensões como a XD da Cinemark e a MacroXE da Cinépolis. Um detalhe também é que algumas salas IMAX no mundo unem essas dimensões a uma projeção a laser para dar mais qualidade à imagem.

Mas as telas gigantes não são a única tecnologia imersiva para cinema que se aliou ao 3D. O mesmo aconteceu com sistemas de som imersivo e com a tecnologia 4D que, nesse caso, junta a exibição 3D às cadeiras com movimentos pneumáticos e aos efeitos físicos que simulam chuva e vento. Tudo para criar uma experiência cada vez mais imersiva.

Outra tecnologia com destaque em imersão que tem recebido alguma atenção do mercado de cinema mundial é a chamada realidade virtual que, segundo artigo do portal de notícias Telegraph, pode ser o futuro do 3D. A Xpand 3D e a Disney são algumas das empresas que já começaram a se movimentar por esse setor, que já recebeu experiências ligadas ao cinema como uma viagem pelo planeta Tatooine do universo da franquia Star Wars.

Exibidores em três dimensões

Hoje, no Brasil, o parque exibidor conta uma quantidade superior a 1.170 salas 3D dentro de um total de mais de três mil salas no País. A rede com mais espaços no formato é a Cinemark, seguida pela Cinépolis e a UCI. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná são os Estados brasileiros com mais salas 3D, enquanto os com menos salas são Tocantins, Acre e Rondônia de acordo com dados do programa TonksProg, que conta com informações de 90% do circuito exibidor nacional.

Apesar do preço já maior dos ingressos para exibições em 3D ser atrativo para o exibidor, essa não é a única maneira de rentabilizar o formato. Um exemplo de ação diferenciada com as salas 3D foi a venda na rede Cinemark de óculos estilizados com temática do filme Star Wars, tudo para chamar a atenção dos fãs da saga.

Assim, seja associado a novas tecnologias, a lançamentos ou a campanhas de marketing, o 3D continua presente na exibição de cinema e promete permanecer por um bom tempo.

Veja também uma entrevista realizada no ano passado pelo Portal Exibidor junto a executivos da RealD e MasterImage, empresas especializadas em exibição 3D.

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