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13 Julho 2023 | Gabryella Garcia

Cineworld deverá nomear Eduardo Acuna, presidente da Cinépolis, como seu novo CEO

Executivo foi o responsável pela implementação da Cinépolis Brasil e atuou como CEO por aqui entre os anos de 2009 e 2015

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(Foto: Divulgação)

O Cineworld Group parece estar encontrando seu novo rumo após ter chegado a um acordo de falência com seus credores há oito meses. A empresa, que é a segunda maior exibidora do mundo e controladora da rede norte-americana Regal, anunciou hoje (13) a proposta de nomeação de Eduardo Acuna, atual presidente da Cinépolis, como seu novo CEO. Para que a proposta fosse formalizada, foi necessário que os credores do Cineworld concordassem com a nomeação. As informações são dos portais Variety, Deadline e Box Office Pro.

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O anúncio acontece quando a empresa está próxima de se recuperar da falência do Capítulo 11 nos EUA (algo semelhante ao pedido de recuperação judicial no Brasil). No início de setembro do ano passado, por exemplo, o Cineworld contava com apenas US$ 4 milhões em caixa. Esse processo de recuperação começou a tomar mais forma no mês passado, quando Eric Foss, um ex-executivo da Pepsi, foi nomeado presidente do conselho após a conclusão do processo de reestruturação do Cineworld. O anúncio da proposta para Acuna também fazia parte do planejamento de reestruturação da empresa.

Ainda dentro da proposta, ficou decidido, de acordo com o Deadline, que a NewCo se tornará a única proprietária do grupo de exibição. A expectativa é que Eric Foss se torne presidente da NewCo nesse novo modelo.

Ao Box Office Pro, Foss afirmou que Acuna é "um executivo experiente e com experiência significativa no setor, além de um histórico comprovado de impulsionar o crescimento e o valor das partes interessadas", acrescentando que acredita que o Cineworld, com Acuna como CEO, "está bem posicionado para alcançar novos patamares e continuar a expandir seus negócios globais e aprimorar ainda mais seus cinemas para visitantes de todo o mundo".

Durante sua gestão na Cinépolis, Acuna foi fundamental para expandir a presença global da rede que hoje é a maior rede da América Latina e terceira maior do mundo, tendo atuado, inclusive, aqui no Brasil. Ele liderou a implementação da Cinépolis Brasil, onde atuou como CEO e presidente entre 2009 e 2015 e, posteriormente, desde agosto de 2015, atuava como presidente da Cinépolis Américas, liderando a operação da rede em 11 países: Estados Unidos, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Guatemala, El Salvador, Honduras, Costa Rica e Panamá. Além disso, Acuna também atua no Conselho da Global Cinema Federation e The Cinema Foundation. Antes de fazer parte da Cinépolis, ele ocupou cargos na McKinsey & Company no México e na Argentina, na Goldman Sachs em Nova York, no Banco do México e no Ministério do Desenvolvimento Social do México.

Apesar de o acordo ainda não estar fechado, Acuna se pronunciou através de um comunicado e deu a entender que aceitará a proposta. "Estou emocionado por ter a oportunidade de traçar o novo curso do Cineworld, capitalizar sua forte posição financeira e potencial de crescimento e continuar a oferecer experiências cinematográficas inovadoras para nossos convidados. Com o público continuando a mostrar o quanto ama a experiência do cinema, este é um momento incrível para o Cineworld".

Atualmente o plano de reorganização do Cineworld, que opera em 10 países e possui 747 cinemas e um total de 9.139 salas, envolve a liberação de aproximadamente US$ 4,53 bilhões do endividamento financiado do grupo, a execução de uma oferta de direitos totalmente garantida para arrecadar recursos brutos de US$ 800 milhões e a provisão de US$ 1,46 milhões em novos financiamentos de dívida. Com as novas movimentações, a previsão do Cineworld é que o grupo consiga sair dos casos do Capítulo 11 até o final de julho.

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