04 Julho 2019 | Thaís Lemos
Sessão Vitrine: filmes terão lançamento simultâneo em TVOD e cinema
No entanto, projeto ainda está em busca de patrocinadores
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Representantes da Sessão Vitrine e da distribuidora se reuniram hoje (3) no Petra Belas Artes para anunciar novidades e os novos apoiadores do projeto, que perdeu o patrocínio da Petrobras em fevereiro, após dois anos de apoio da empresa do governo. “Nesta edição em especial, os realizadores além de fazerem os filmes são parceiros dos projetos. Eles entenderam o que estávamos passando e deram muita força para estarmos aqui”, disse Silvia Cruz, diretora da Vitrine.
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Silvia disse que os anos de patrocínio da Petrobras permitiu alcançar muitos lugares e conquistar muitas coisas. “Muitos dos parceiros que estão aqui hoje são por conta da parceria. Continuamos buscando patrocínio, mas conseguimos muitos parceiros. Nos reinventamos e resistimos”, declarou a diretora.
A ideia do projeto é fazer com que o filme seja visto pelo maior número de pessoas possível, quebrando a barreira da distribuição tradicional e tornando o longa mais acessível. Pensando nisso, os filmes serão lançados simultaneamente nas salas de cinemas e em TVOD. “É uma estratégia que a gente traz olhando para as novas formas de consumir o audiovisual e de trazer novos públicos”, afirmou Talita Arruda, coordenadora da Sessão Vitrine.
Em parceria com o Sofá Digital, agregadora de VOD, os filmes estarão disponíveis inicialmente na Apple TV, Google Play, Now e Vivo Play pelo mesmo valor que os ingressos de cinema. A primeira estreia acontece em 11 de julho, com o filme Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chega, do diretor Marcelo Gomes.
Antes o projeto estava presente em 36 cidades, mas por conta da perda significativa de dinheiro, agora está em 20 cidades do Brasil. No total, serão 10 filmes neste ano e o investimento da divulgação também será menor, mas a ideia é fazer campanhas no mesmo nível que as anteriores.
Outros parceiros e apoiadores também foram apresentados, como o Projeto Paradiso, que fará a capacitação de monitores responsáveis por difundir a Sessão Vitrine em algumas cidades, a Mubi, plataforma especializada em filmes de arte, e o Videocamp, que viabiliza sessões sob demanda em locais não atendidos pela distribuição comercial. “Estamos nos reinventando, nos reposicionando e contar com parcerias é essencial”, disse Talita.
Além disso, outras duas novidades foram apresentadas. O projeto contará com uma sessão especial para exibir curtas e o Programa Novos Clássicos, que pensa na distribuição acompanhando um longa desde o roteiro, em prol de potencializar a chegada deles nos cinemas. Esta última novidade conta com parceria do BrLab e co-produção com o Canal Brasil. O primeiro projeto incentivado é As Criadas, dirigido pela cineasta negra Caroline Rodrigues. “Acredito em diversidade de telas e nas possibilidades de encontrar outros canais de distribuição. O Brasil é enorme e acho que buscar formas de democratização do acesso e buscar outros públicos é algo fundamental”, declarou Rodrigues.
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