14 Junho 2018 | Fernanda Mendes
Curador de mostra em VR afirma que agora é o momento certo para o Brasil investir no formato
Fouzi Louahem é o curador da Mostra de Realidade Virtual no Festival Varilux
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Durante a edição de 2018 do Festival Varilux de Cinema Francês, que vai até o dia 20 de junho, está sendo realizada pela segunda vez a Mostra de Realidade Virtual. Uma seleção com 11 filmes no formato que estão sendo exibidos em Salvador (BA), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), e incluem masterclasses ministradas pelo roteirista e diretor de experiências em vídeo 360°, Fouzi Louahem, que também fez a curadoria dos títulos.
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Em entrevista exclusiva ao Portal Exibidor, o profissional falou sobre a importância da visibilidade de produções em VR no meio de um grande festival de cinema, principalmente para a formação de público. “Não é importante somente ter conteúdo de qualidade, mas também ter pessoas que farão uma seleção deste conteúdo. Se você tem uma primeira experiência que não é boa, você não assistirá mais a um filme em realidade virtual, o que é dramático”.
Louahem inclusive também está trabalhando em um filme que será apresentado durante a mostra de realidade virtual do Festival de Veneza, que será realizado entre setembro e agosto. O conteúdo, de 30 minutos, é bastante lúdico com a temática fantasmagórica. No entanto, ele alertou que não dirigiu o filme, mas sim o escreveu, pois atualmente se dedica mais a entender qual será o futuro e os caminhos do formato em realidade virtual.
Território brasileiro
No Brasil a realidade virtual vem tomando passos importantes. Em julho está prevista a inauguração do primeiro centro de VR do país, que estará localizado em São Paulo (SP). O espaço criado pela produtora Arvore recebeu investimento de US$ 500 mil e contará com 22 experiências.
Para Louahem este é o momento certo para o mercado brasileiro investir no formato, já que as fases de testes passaram. Agora, com a democratização das ferramentas, o desenvolvimento de conteúdo possui um modelo bem mais econômico. Um outro ponto importante a ser trabalhado é a capacitação de profissionais de VR em escolas bem equipadas.
Dentre as ideias que o diretor tem para o Brasil estão conteúdos voltados aos pontos turísticos do país. “É algo tão diferente do que conheço, que é possível utilizar o VR para contar mais sobre o país e suas particularidades, o que é incrível. É algo que é preciso fazer”, reforçou. “Na ficção também existem diretores brasileiros incríveis e é preciso que eles façam parte disso. Nesse momento, acredito que a realidade virtual possa ser bem sucedida no Brasil”.
Confira a programação da mostra abaixo:
- Altération
- De Jérôme Blanquet
- Dans la peau de Thomas Pesquet
- De Jürgen Hansen, Pierre-Emmanuel Le Goff
- Dolphin man
- De Benoit Lichte
- Dreams of O´
- De Felix Lajeunesse, François Blouin, Paul Raphaël
- French Kiss
- De Pascal Tirilly
- Héritage
- De Benjamin Nuel
- I saw the future
- De François Vautier
- On/Off
- De Isabelle Foucrier, Camille Duvelleroy
- Planet
- De Momoko Seto
- Proxima
- De Mathieu Pradat
- U Turn
- De Nathalie Mathé, Ryan Lynch
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