16 Março 2018 | Fernanda Mendes
Executivos discutem sobre desafio na exibição e distribuição no Festival de Guadalajara
Segundo representante da Ibermedia os circuitos independentes estão sumindo
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Durante o Festival Internacional de Cinema em Guadalajara (México), que termina hoje (16), houve diversos dados divulgados sobre o mercado latino-americano. Dentre um dos fóruns que aconteceram, a distribuição e exibição na América Latina foi tema de discussão.
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Na mesa redonda estavam representantes da Imcine (Instituto Mexicano de Cinema), Ibermedia, National Film Board, Tribeca Film Institute e do instituto peruano de artes audiovisuais, DAFO.
Elena Vilardell, da Ibermedia, observou que, apesar das cotas de tela em diversos países da região auxiliarem na exibição de muitos filmes, há cada vez menos circuitos independentes que possam oferecer sessões de títulos pequenos ou estrangeiros.
Patrice Vivancos, moderadora do painel, pontuou que cerca de 90% dos filmes latino-americanos não conseguem circular na região e são mais vistos na Europa. Neste sentido, Vilardell contou que festivais e premiações ajudam na divulgação desses títulos, dando exemplos como Uma Mulher Fantástica (filme chileno que ganhou um Oscar recentemente).
Bryce Norbitz, representante do Festival de Tribeca, contou que o evento realmente já ajudou bastante na visibilidade de artistas e diretores independentes, como Ryan Coogler e Ava DuVernay, diretores de Pantera Negra e Uma Dobra no Tempo, ambos da Disney.
Ainda, a executiva da Ibermedia contou que a instituição procura conceder 10% de adicionais de subsídios para aqueles territórios com maiores desafios na distribuição.
Durante o Festival Internacional de Cinema em Guadalajara, a Imcine também divulgou dados sobre a exibição de filmes locais no México, que teve queda de 24% no número de espectadores em 2017.
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