10 Janeiro 2018 | Vanessa Vieira

Nova aferição do cumprimento da cota de tela é aprovada

Agora uma sessão de cinema terá diferentes valores diários dependendo da quantidade total de sessões por sala

A ANCINE começou 2018 com mudanças, incluindo a nomeação do novo diretor-presidente da ANCINE na semana passada. Agora, a novidade se refere à cota de tela para exibição de produções nacionais.

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A continuidade da cota já tinha sido aprovada com as mesmas regras do ano anterior, porém uma nova metodologia para conferência do cumprimento da norma foi aprovada durante uma reunião realizada com executivos dos mercados de exibição, produção e distribuição e a agência, já representada pelo novo diretor-presidente, Christian de Castro, e pelo diretor Alex Braga. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (08) e contou, do setor exibidor, com nomes como Luiz Gonzaga de Luca, Ricardo Difini, Luiz Severiano Ribeiro e Adhemar Oliveira, das redes Cinépolis, GNC, Kinoplex e Espaço de Cinema.

De acordo com comunicado oficial da ANCINE, agora a aferição do cumprimento da cota de tela será realizada por sessão única de cinema em vez de diretamente por dia de exibição. Cada sessão, assim, passa a ter um “peso” em relação à quantidade de dias da cota de acordo com a quantidade total de sessões por complexo.

Por exemplo, uma sessão de filme nacional em uma sala com 3 ou 4 sessões por dia passa a valer 25% (1/4) de dia de cota. Em salas com 5 sessões, a sessão única tem valor de 20% (1/5) de dia de cota de tela, seguindo sempre sua proporcionalidade caso existam salas com mais sessões por dia.

Para apresentação desses dados, os exibidores poderão contar diretamente com o Sistema de Controle de Bilheteria, dispensando de vez as declarações de cumprimento de cota. “A contagem dessa forma mais apurada só passou a ser possível graças ao Sistema de Controle de Bilheteria (SCB), implantado em 2017. Pelo Sistema, o exibidor envia diariamente os dados completos de programação e bilheteria de suas salas cinema. A digitalização do parque exibidor brasileiro, que está finalizada, também permite um novo modelo de negócios no mercado, flexibilizando a distribuição das obras audiovisuais”, avalia o diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, em comunicado oficial.

Veja também a série de entrevistas com diretores e ex-diretores da agência.