13 Setembro 2017 | Fernanda Mendes
Cineart Filmes comemora bons números no mercado e traça seu caminho na distribuição
Companhia completa um ano e se destaca com conteúdos alternativos e regionais
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Completando um ano de atuação no mercado, a Cineart Filmes comemora seu bom desempenho com a divulgação do balanço do 1º semestre deste ano. A empresa iniciou suas atividades com uma espécie de projeto piloto, com o longa Lâminas da Morte – A Maldição de Jack, o Estripador, em outubro de 2016.
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“Jack foi uma boa experiência. Foi a primeira vez que trouxemos um filme de fora sem a parceria de uma grande distribuidora. Sua escolha foi estratégica para a Cineart Filmes, por ser um filme pequeno, de baixo risco. Isso foi fundamental para aprendermos tanto e em tão pouco tempo”, contou Thais Henriques, diretora da companhia.
Agora, com cinco lançamentos somente em 2017, a distribuidora acumula 140 mil espectadores no país, e tem previstos mais oito estreias ainda para este ano. No catálogo de filmes, tentam fugir do gênero dominante que é a comédia, buscando viabilizar outros tipos de filme que não costumam chegar às telonas.
A executiva contou que o diferencial da Cineart Filmes é o fato de não analisar o tamanho de um filme, mas sim como querem que ele seja visto, o importante é que o conteúdo possa chegar ao público.
Proveniente da exibição, onde atua há 70 anos, a distribuidora enxerga com olhos positivos o mercado. Apesar de poucas salas ainda no Brasil, acredita que há espaço para todos os tipos de cinema e, inclusive, oferecem distribuição de filmes para cidades pequenas, cine clubes e até festivais.
Ao contrário do que começa a surgir no mercado de distribuição online e primeiras janelas no VOD, a companhia prioriza as salas escuras, para depois deixar o longa seguir seu caminho natural em canais a cabo e plataformas de streaming.
“O importante é conseguir posicionar o longa de maneira correta, identificar o público e o que quer para esse conteúdo. Assim, ele vai fazer o seu caminho e usufruirá de outras plataformas também”, revelou.
Com dois escritórios, um em São Paulo e outro em Minas Gerais, procuram acompanhar desde o início cada projeto, com a criação de peças publicitárias, planejamento de mídia, display, cartaz, entre outros.
Trajetória
Durante a MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo, Thais Henriques participou de diversos painéis e sessões de pitchings com novos produtores. No evento, a executiva apresentou os destaques da distribuidora. Confira:
Dentro da Caixinha – O longa mineiro de Guilherme Reis teve estreia no Dia das Crianças de 2016 em seis salas. Na segunda semana, a produção se manteve com o número e na terceira semana ganhou mais uma sala, ficando em um total de seis semanas em cartaz. “O boca a boca fez o trabalho. O filme continua sendo exibido até hoje”, contou Thaís, que atribuiu muito do sucesso também pelo empenho do cineasta na divulgação e ações durante as pré-estreias, com o envolvimento inclusive do elenco.
Garota Ocidental – Entre o Coração e A Tradição – A coprodução Paquistão-França impressionou logo na primeira cabine de imprensa, arrancando diversos elogios e críticas positivas. Na estreia entrou em 16 salas e se manteve por duas semanas, mesmo na semana de férias escolares com tantos blockbusters, subiu para 18 salas e se manteve por três semanas com 11 salas, estando atualmente há mais de dois meses em exibição. “Quando mostrei o filme para o pessoal da distribuidora, acharam que eu estava louca, porque é um conteúdo difícil de trabalhar. Mas acreditei que o filme era bom e segurava”, contou.
O Cidadão Ilustre – O longa argentino, que estreou em 11 de maio, garantiu mais de R$ 1,2 milhões em bilheteria até a oitava semana de exibição.
O Que Queremos Para O Mundo? – Repetindo o sucesso de Dentro da Caixinha, o longa de Minas Gerais também vai entrar no dia 12 de outubro e vem acompanhado da exibição do curta-metragem, também mineiro, O Caminho Para Os Gigantes, que chamou a atenção durante o Festival de Tiradentes, mas não tinha espaço no cinema. Após Thais ajudar o conteúdo a rodar diversos festivais, finalmente encontrou uma oportunidade para ele nas telonas. “Acredito nas possibilidades infinitas para que o conteúdo chegue nas pessoas. Tem que ter qualidade e posicionamento principalmente”, revelou.
Self From Hell – O longa canadense é originário de um vídeo caseiro no Youtube, que teve 2 milhões de visualizações. Estreia em novembro.
Além do filme mineiro e do terror, para 2017 ainda há programado O Acampamento (30 de agosto); Esta é a Sua Morte – O Show (21 de setembro); Screamers (setembro); Uma Razão Para Recomeçar (19 de outubro) e A Livraria (dezembro).
Sobre o possível lançamento de um blockbuster, Thaís sinalizou que o gênero não é o perfil da companhia, mas não descarta a possibilidade. “Trabalhamos com a diversidade de conteúdo e por isso gostaríamos de sermos reconhecidos”.
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