05 Julho 2017 | Vanessa Vieira
Público jovem é o que mais frequentou os cinemas dos EUA em 2016
Ao contrário das expectativas do mercado, os Millennials e a Geração Z apresentaram boa presença entre os espectadores do país
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Apesar de todo o receio apontado constantemente pelo mercado internacional exibidor e distribuidor de cinema quanto a atrair o público jovem para a telona – apontado em eventos como CinemaCon -, 2016 foi um ano com boa presença dos Millennials e da Geração Z nas bilheterias norte-americanas. Vale lembrar que os Millennials são a geração que nasceu entre meados dos anos 80 até 2000 e a geração Z a partir dos anos 90 até 2010.
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A informação é do estudo divulgado pela Motion Pictures Association of America – MPAA em parceria com a comScore, o “Theatrical Market Statistics 2016” (Estatísticas do Mercado Cinematográfico 2016, em tradução livre).
O material aponta que os espectadores com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, foram os que mais frequentaram as salas de cinema, com média de 6,5 idas às telonas por ano – um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar ficaram os adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, com frequência de 6,1 vezes aos cinemas ao ano. Em seguida vêm os espectadores com 25 até 39 anos, com média de 4,3. Os demais entrevistados das outras faixas etárias tiveram média inferior a 3,5 – vale apontar que a geração com idade entre 50 e 59 anos apresentou crescimento entre 2015 e 2016, indo de 2,9 presenças por ano para média de 3,2.
Dessa maneira, os dois grupos mais jovens representam 22% dos espectadores, mas compram quase 30% dos ingressos e já representam 35% dos chamados “espectadores frequentes”, que viram cerca de quatro filmes nos dois meses anteriores à pesquisa. Os números são especialmente positivos se levado em conta que esses dois grupos são apenas 18% da população norte-americana.
Já os espectadores entre 25 e 39 anos têm presença mais equilibrada, representam 23% do público, compram 24% das entradas e são 22% dos espectadores frequentes. Somados, esses espectadores entre 12 e 39 anos, que englobam boa parte das gerações mencionadas, representam mais de 60% das vendas de ingressos.
Formato e experiência diferenciados
Quanto à escolha por formatos diferenciados, cerca de um terço de todos os espectadores, entrevistados em mais de 800 cinemas, visitaram salas 3D ou Premium Large Format – PLF em 2016. No entanto, são os mais novos, entre 7 e 12 anos, que mais preferem ver filmes nessas salas, representando quase 50% de todos que as visitam. Nesse cenário, os EUA fecharam 2016 com um total de 15 mil salas 3D.
O Young Members Committee – YMC (Comitê de Membros Jovens, em tradução livre) da National Association of Theatre Owners – NATO (Associação Nacional dos Operadores de Cinema, em tradução livre) também realizou uma pesquisa com cerca de 2.000 Millennials. 17,9% afirmaram ir ao cinema quase uma vez por semana, enquanto 32% vão uma vez ao mês. Além disso, a qualidade da experiência também é um ponto importante para esses cinéfilos : 40% daqueles que foram a salas com poltronas reclináveis e 32% dos que compraram tíquetes com assentos numerados afirmaram que voltariam ao local por conta desses confortos.
Quanto à disputa com as redes sociais, 56% disseram que raramente as veem como competidoras do cinema porque são “duas experiências diferentes”. Apenas 20% definiram as mídias como opções que duelam com esse setor. É importante ressaltar que as redes sociais e a web em geral têm grande apelo a esse público, tanto que hoje são o foco de muitas campanhas publicitárias. Somente o Facebook e o Google, por exemplo, recebem cerca de 20% de toda a verba mundial para publicidade.
Confira alguns gráficos do estudo da MPAA:
Clique abaixo para ver ampliado:
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