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27 Março 2017 | Fábio Gomes

Especialista fala sobre tendências da Geração Millennial

Participação ativa nas redes sociais e na cultura jovem pode ajudar sua empresa, explica Jake Katz

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(Foto: Exibidor)

A geração que nasceu na era da internet é uma das mais estudadas por especialistas ao redor do mundo e, durante o primeiro dia da CinemaCon, Jake Katz, executivo REVOLT Media & TV, falou sobre as práticas de consumo de quem nasceu entre os anos 90 e o início dos anos 2000.   

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Hoje, os Millennials cresceram. Eles vivenciam crises, vão às ruas contra os problemas políticos de seu país e ficam de olho em empresas que participam de seu dia a dia.  “Se você não está participando da cultura, seus produtos também não serão vistos”, explicou.

O especialista mostrou fotos de manifestações no Brasil e no Reino Unido para mostrar a força da rebelião jovem atualmente e ressaltou que um grupo multicultural não é apenas a tendência, mas a atualidade. “Um em cada dois jovens valoriza marcas que participam da cultura e 86% afirmaram que a marca precisa ter conteúdo relevante para lhe chamar atenção”.

Por conta do excesso de informação com o qual foram criados, esse grupo tornou-se poliglotas de gênero de entretenimento e estão sedentos para ajudar em seus produtos favoritos. Segundo Katz, quanto antes os executivos convidarem essa geração para participar do mercado, mais eles estarão envolvidos com o negócio, pois a grande maioria não quer que a marca se adapte a eles e, sim, que ela tenha ideias novas, saia da caixa e os convide a pensar. E é nesse momento que as redes sociais aparecem como grande ponte para as empresas. “Os jovens tem necessidade e desejo de conteúdo e você precisa abranger essa rede de necessidades”, afirmou.

Katz, então, listou as principais redes sociais da atualidade e como os Millennials lidam com ela: no Facebook, usuários pagam por maior conveniência para estarem conectados; o Twitter, eles utilizam para obter informações; o Tumblr serve para entenderem o próprio estilo; o Instagram virou a necessidade de se expressar e uma em cada três hashtags usuários pedem para ser seguidos, criando uma pequena competição; e o Snapchat, onde metade do público vê como uma motivação para ficar conectado.

Além dessas redes existe também o Youtube, que criou um novo tipo de ícone – o Youtuber. Jovens passaram a ouvir Youtubers pois eram pessoas como eles e que poderiam “aconselhá-los e diverti-los". “Um em cada três usuários gostariam de ver sua estrela do youtube nos filmes, então há uma oportunidade aqui”, explicou.

Sendo assim, o especialista recomenda que empresas comecem a pensar, também, em explorar a imagem de funcionários ao invés de criar redes com o logo da companhia. “Usar empregados bem recebidos pelo público para ter sua página no Instagram é uma saída, pois é mais fácil seguirem o funcionário e não a marca”, explica.

Pós 2000, a geração Z

Jake Katz também apresentou uma palestra totalmente dedicada à geração Z, logo após o fim da programação do Dia Internacional da CinemaCon 2017.

Segundo o executivo, essa geração entrará na faculdade por volta de 2020, ou seja, logo serão financeiramente mais ativos como consumidores. Em comparação aos Millennials, esses jovens são mais pragmáticos, buscam mais por profissionais tradicionais e não são culturalmente diversificados, mas sim têm uma cultura mesclada, sendo mais receptivos à diferença.

Um ponto em comum é a valorização da comunicação de “humano a humano” e não de “marca para consumidor”, logo, assim como é para os Millennials, a empresa precisa ter uma participação cultural para se tornar relevante para esse público.

Nas redes sociais, a geração Z prefere ter mais engajamento (curtidas, comentários etc.) do que alcance ou quantidades de seguidores. Já o próprio engajamento deles nas redes acontece principalmente com vídeos, com destaque para o crescimento de heavy users dos vídeos do Facebook. Além disso, Katz alertou que se a empresa “não fizer o seu ‘call to action’ [chamada para a ação, em tradução livre] super simples, perderá essas pessoas”. Por exemplo, se um aplicativo levar à outra página na web, eles não seguiram esse caminho e ainda perceberão essa experiência como negativa.

A CinemaCon será realizada entre os dias 27 e 30 de março e conta com cobertura especial do Portal Exibidor.

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