19 Abril 2016 | Vanessa Vieira
Pesquisa nos EUA indica que espectadores recusam proposta da Screening Room
Apesar de não citar a startup, proposta semelhante foi recusada pela maioria dos respondentes
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Após sua criação em março deste ano, a startup foi tema de polêmica e divisão de opiniões no mercado de cinema, o que pôde ser notado na CinemaCon 2016, por exemplo. Na maior convenção do mundo para exibidores, cineastas e executivos comentaram a favor ou contra a iniciativa, que pretende ser um meio para que espectadores assistam lançamentos cinematográficos em sua casa ao mesmo tempo em que os filmes chegam às telonas. Tudo por cerca de US$ 150 para ter acesso ao serviço e US$ 50 por visualização, com prazo de 48 horas para assistir o conteúdo.
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Na quarta-feira (13), terceiro dia da CinemaCon, a MarketCast, agência de marketing, divulgou o resultado de uma pesquisa realizada em março junto a 1.200 estadunidenses, com idade entre 18 e 64 anos, para a avaliar a proposta da startup. Apesar de não ter mencionado diretamente a iniciativa, o estudo revelou que, embora um em cada quatro respondentes afirme se interessar pela proposta de cinema em casa, o preço ainda seria um entrave para a total aceitação do público de um “serviço premium de VOD” nas características da Screening Room. Alguns respondentes disseram que aceitariam pagar no máximo US$ 35 por visualização de um lançamento em casa.
Uma em cada três pessoas não pagariam pelo serviço, especialmente porque o valor de US$ 150 envolve um equipamento antipirataria. Além disso, oito em cada dez respondentes afirmaram que não querem um novo eletrônico em suas salas de estar, o que seria um dos motivos para um terço dos entrevistados, que disseram não aceitar o serviço nem que ele fosse gratuito.
A parcela de pessoas que mais demonstrou interesse na novidade seria a de cinéfilos ou pessoas mais velhas que têm de levar a família inteira quando quer ir ao cinema. Chris Rethore, vice-presidente da MarketCast, afirmou que os cinéfilos são uma parte pequena dos espectadores, mas que os pais de família já seriam essenciais ao mercado exibidor. Os entrevistados que possuem televisões maiores também são comuns entre os que melhor aceitaram a proposta do serviço.
O estudo mostrou também metade dos respondentes gostam de ir ao cinema e não acreditam que o serviço conseguiria substituir essa experiência. Outro ponto foi que o valor cobrado por visualização – US$ 50 – estaria acima do que geralmente os espectadores entrevistados gastariam em uma ida ao cinema.
Outra novidade em relação à startup Screening Room foi o anúncio da Netflix, que oferecerá seus filmes originais para a plataforma.
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