15 Abril 2016 | Vanessa Vieira
Produtor de “Avatar” comenta processo de criar filmes em 3D
Jon Landau foi entrevistado na CinemaCon por executivo da RealD
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Ontem (14), no último dia da CinemaCon 2016, foi realizado o painel “Desmistificando o 3D: Como o ressurgimento do 3D leva a inovações em storytelling e bilheteria” e, após a mesa-redonda que reuniu três executivos e um moderador, o produtor Jon Landau subiu ao palco da convenção para uma entrevista sobre o formato 3D. O evento foi realizado em Las Vegas, EUA, entre 11 e 14 de abril.
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Landau, que produziu filmes como Titanic e Avatar, foi entrevistado por Michael V. Lewis, CEO e cofundador da RealD, cujo sistema 3D já está em 28 mil telas no mundo.
Para o produtor, é preciso ser capaz de criar emoção em um longa-metragem para então pensar em ampliar seu caráter imersivo por meio de tecnologias. “Não é só o 3D, existe o espaço, os atores e muitos outros elementos que entram no processo de usar o 3D como uma ferramenta criativa”, comentou.
Landau acredita que uma pergunta deve ser feita antes de se pensar em um filme com o formato: o 3D será usado apenas como entretenimento e distração ou como uma ferramenta que cria um processo criativo que por acaso é o 3D? “Acredito que profissionais de criação diferentes têm razões distintas para trabalhar de modos também diferentes. Eu prefiro criar um novo projeto inteiro para depois decidir que tipo de `diversão´ usar nele”.
O produtor defende também que o uso do 3D, um formato que ele considera muito mais imersivo do que a exibição normal em 2D, deve ser uma combinação de forças entre a indústria que cria os filmes e o mercado exibidor. Assim, os produtores e diretores teriam a responsabilidade de continuar a entregar longas-metragens interessantes, enquanto os exibidores teriam de buscar continuamente meios de melhorar a experiência que “começa quando você entra no hall do cinema e termina quando sai da sala de exibição”. Landau inclusive elogiou os exibidores presentes: “acredito que temos alguns cinemas incríveis”.
O entrevistado também foi questionado sobre a exibição em High Frame Rate – HFR, tipo de exibição no formato 48 frames, ou seja, com o dobro da qualidade da projeção normal. Para ele, o HFR é mais uma ferramenta criativa e o comparou ao sistema de som imersivo Dolby Atmos nesse quesito. “As pessoas têm falado do High Frame Rate como falavam do cinema digital antes”, comentou. Landau apoia que exibidores invistam nesse tipo de exibição.
Recentemente Jon Landau havia se declarado abertamente contra a startup Screening Room e afirmou no painel da CinemaCon que não acredita que a experiência do cinema possa ser recriada dentro de casa.
Veja as fotos do debate na galeria de fotos do Portal Exibidor.
Confira a cobertura completa primeiro, segundo, terceiro e quarto dia da CinemaCon 2016.
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