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15 Abril 2016 | Vanessa Vieira

Relevância do 3D para o cinema foi defendida em painel da CinemaCon

Oito dos 10 filmes de 2015 com maior bilheteria foram lançados em 3D

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(Foto: Revista Exibidor)

O último dia da CinemaCon 2016, realizado ontem (14), trouxe um painel para discutir o 3D enquanto formato de exibição, bem como sua relevância para a bilheteria global e para inovações no modo de se contar histórias pelo cinema.

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Segundo dados da RealD, cujo sistema de 3D está em mais de 28 mil salas no mundo, oito dos 10 filmes com maior bilheteria em 2015 foram lançados em 3D, são eles: Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, Vingadores: Era de Ultron, Divertida Mente, Velozes e Furiosos 7, Minions, Jogos Vorazes: A Esperança – O Final e Perdido em Marte. Dessas produções, cinco resultaram em mais de US$ 1 bilhão em bilheteria global como Star Wars e Jurassic World.

Falando em bilheteria, do total arrecadado no mundo em 2015 – quase US$ 40 bilhões, segundo MPAA –, o 3D é responsável por US$ 7,8 bilhões. Em alguns países como a China o peso do formato na renda é maior: 58% da bilheteria chinesa (US$ 6,8 bi) veio do 3D.

Nas estreias o formato é ainda mais presente, especialmente no caso de grandes franquias. Afinal, quase 50% dos ingressos vendidos para as estreias de Jurassic World e Star Wars foram para salas de cinema com 3D. Mais recentemente, a estreia de Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça teve 40% de seus ingressos comprados para a exibição em 3D.

Em 2016, a expectativa é de que 35 títulos sejam lançados no formato nos EUA, são quase 10 filmes a mais do que em 2015.

Um dos longas mais esperados em 3D é Mogli – O Menino Lobo, que estreou ontem (14) no Brasil. Outros são Caça-Fantasmas, Capitão América – Guerra Civil, Independence Day: O Ressurgimento e Alice Através do Espelho.

Esses dados foram apresentados no painel “Desmistificando o 3D: Como o ressurgimento do 3D leva a inovações em storytelling e bilheteria”, que teve moderação de Jonathan Penn, diretor de programação e análise de conteúdo da Cinemark, que afirmou que o 3D mudou totalmente a experiência cinematográfica e sua produção. Penn recebeu no palco da CinemaCon os painelistas Paul Becker, produtor executivo da Gener8, empresa de conversão de conteúdos para 3D; Chris Parks, diretor criativo da Vision3 Ltd.; e Corey Turner, vice-presidente sênior de pós-produção da Paramount.

Becker, da Gener8, explicou e demonstrou todo o processo de conversão de um conteúdo para a exibição em 3D.

O executivo apontou que antes era preciso reconhecer em cada imagem os “objetos” que deveriam ir para frente ou para trás, mas hoje isso mudou. Apesar do processo ainda ser trabalhoso, agora um software da empresa reconhece sozinho a maior parte desses objetos das imagens. “Isso mudou completamente o processo de conversão”, comentou.

O painel ainda contou com uma participação especial do produtor Jon Landau, que foi confirmada na última sexta-feira (08). Landau, que produziu filmes como Titanic e Avatar, foi entrevistado por Michael V. Lewis, CEO e cofundador da RealD.

Por fim, a apresentação oferecida pela International Cinema Technology Association – ICTA na CinemaCon deu espaço à uma homenagem. José Letayf, executivo veterano de 90 anos que é presidente da Seating Concepts LLC, recebeu o troféu ICTA Distinguished Service Award (Prêmio por Serviço Distinto da ICTA, em tradução livre). No discurso lido por sua neta, Letayf agradeceu a todos pelo que preferiu chamar de “reconhecimento” em vez de prêmio porque, para ele, o troféu seria o reconhecimento de um relacionamento de longo prazo com o mercado. O executivo sênior comentou também sua atuação do mercado de cinema a partir do início da década de 1960.

Confira a cobertura completa primeirosegundo, terceiro e quarto dia da CinemaCon 2016.

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