10 Novembro 2015 | Natalí Alencar

Filme baseado na história do Instituto Baccarelli vence o Prêmio do Público na Mostra SP

Obra de Sergio Machado conta a história de um músico e seus alunos, que tiveram suas vidas transformadas pela arte

A história do Instituto Baccarelli, que inspirou o filme Tudo Que Aprendemos Juntos, começa em 1996, quando o maestro Sílvio Baccarelli assistiu pela TV a um incêndio na comunidade de Heliópolis. Comovido com a luta das famílias para recuperar suas casas e pertences, ele se dirigiu a uma escola pública da região e sugeriu ajudar com o que sabia fazer melhor: ensinar música com instrumentos de orquestra para crianças e adolescentes. Alguns meses depois, 36 garotos iniciavam o estudo de violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. O espaço escolhido foi o Auditório Baccarelli, de propriedade particular do maestro e localizado na Vila Mariana. Inicialmente, toda a estrutura fornecida aos alunos era paga com recursos próprios de Sílvio.

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Hoje, com aproximadamente 1300 crianças e jovens majoritariamente de Heliópolis, o IB usa a música como ferramenta para formar cidadãos íntegros.

“Oferecemos toda a estrutura e competência necessária para a formação musical, porém, mais do que isso, nosso objetivo é focado no desenvolvimento humano”, explica Edmilson Venturelli, diretor de relações Institucionais.

O filme recebeu o Prêmio do Público – Melhor Ficção Brasileiro na 39ª Mostra Internacional de São Paulo. A produção teve exibição especial na Sala Sala São Paulo. A estreia oficial está prevista para 03 de dezembro com distribuição da Fox.

Outros premiados

O júri internacional —composto por Geraldine Chaplin, Iván Wyszogrod, Luis Miñarro, Nathanaël Karmitz e Paulo Machline— premiou com o Troféu Bandeira Paulista de melhor filme o islandês Pardais, de Rúnar Rúnarsson. A menção honrosa foi concedida para Carta Branca, de Jacek Lusinski.

Ganharam também o Prêmio do Público: Sabor da Vida, de Naomi Kawase (Melhor Ficção Internacional); Pixadores, de Amir Escandari (Melhor Documentário Internacional); e Monstros do Ringue, de Marc Dourdin (Melhor Documentário Brasileiro).

Entre o público do Festival da Juventude, os vencedores foram Beatles, de Peter Flinth (Melhor Filme Internacional); e Califórnia, de Marina Person (Melhor Filme Brasileiro).

Também foram premiados Os Campos Voltarão, de Ermanno Olmi (Prêmio da Crítica); Aspirantes, de Ives Rosenfeld (Prêmio ABRACCINE); e Pardais, de Rúnar Rúnarsson (Melhor Roteiro, segundo a Associação Autores de Cinema).