Em um novela que se arrasta há alguns anos, a Justiça de São Paulo (felizmente) suspendeu, ainda no finalzinho do ano passado, a autorização para a demolição do Anexo do Espaço Augusta de Cinema e do Café Fellini. Antes, no início de dezembro, o Conpresp (Conselho de Preservação do Patrimônio da Cidade) havia aprovado a demolição. As informações são do G1. 

Uma decisão liminar do juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara da Fazenda Pública da capital paulista, concedeu tutela de urgência após pedido do Ministério Público. A justificativa é de que a destruição da construção sem a finalização do processo pode ocasionar em uma difícil reparação, preservando, assim, o patrimônio cultural e imaterial da Cidade de São Paulo.

Antes, a decisão do Conpresp possibilitava à incorporadora e proprietária Vila 11 a demolição do prédio sob a condição de construção de novas salas de cinema no térreo e primeiro andar, com acesso público da calçada. Com a nova decisão, porém, o processo foi interrompido, mas ainda cabe recurso. 

Segundo Evandro Carlos de Oliveira, o projeto da construtora precisa garantir não apenas a construção de um cinema com fachada ativa, mas também o cumprimento da função de ZEPEC-APC do espaço, que é a sigla para Zona Especial de Preservação Cultural – Área de Proteção Cultural. Além disso, o juiz impôs multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão.

Atualmente, o complexo (que inclui a sede do cinema) é chamado de Espaço Petrobras de Cinema - após a empresa estatal assumir os naming rights da empresa exibidora ao instalar letreiros na fachada, meses após o Itaú abrir mão do patrocínio e vender a rede para a Cinesystem. Ainda haverá o anúncio oficial da nova parceria. 

A batalha judicial do Anexo Augusta está acontecendo desde 2022 e os últimos detalhes podem ser conferidos aqui.