Exibidor

Publicidade

Notícias /mercado / Financiamento

16 Julho 2024 | Redação

ICE Capital busca recursos para produção de "Ollie", uma animação que pretende levar o Brasil para o mundo

"Ollie e a Mágica do Mundo" está na primeira fase da captação de recursos e perspectivas mais otimistas almejam internacionalização da produção

Compartilhe:

(Foto: Divulgação)

A ICE Capital, empresa com foco na atração de investimentos por meio de crowdfunding e investimento participativo para cinema, está com um novo projeto cinematográfico com rodada aberta para captação de recursos. Desta vez, os financiamentos serão para a produção da animação Ollie e a Mágica do Mundo, que tem Gabriel Nocera com um dos roteiristas, além de participações da produtora Mistika e da Ultrassom Music Ideas.

Publicidade fechar X

Com vasta experiência fazendo a intermediação de ofertas que conectam produtores com investidores, agora a ICE Capital está colocando em prática a abertura de rodadas de captação para o financiamento de uma promo de Ollie e a Mágica do Mundo, uma animação que em um primeiro momento será uma peça comercial que será utilizada para um road show que possa atrair novos investidores e parceiros. O objetivo final, claro, é vender o projeto para alguma grande distribuidora ou serviço de streaming. "Hoje temos essa oportunidade de trazer um investidor para ajudar no financiamento de um piloto, de um protótipo da animação para fazermos uma ponte que possibilite que lá na ponta saia o filme", destacou William Koga, co-fundador da ICE Capital.

Nas palavras do roteirista Gabriel Nocera a animação é um misto de comédia, drama, aventura e fantasia, fazendo com que o projeto seja bastante universal. Ollie e a Mágica do Mundo se passa no Brasil, em uma pequena cidade no estilo colonial na década de 1950 e mostra a história de um garoto que está buscando seu lugar no mundo. O protagonista é filho de um famoso mágico que morre e, a partir daí, o sonho do garoto é se tornar um grande mágico como seu pai. Na trama o garoto é bastante desengonçado e sem jeito e, em determinado momento, ele encontra um feiticeiro que revela que seu pai era muito mais do que um simples ilusionista, ele realmente tinha grandes poderes que ficaram escondidos em sua cartola.

"É uma trama de maturação clássica que todo mundo passa. Temos nossos ídolos e nossas referências e aquilo que nos inspira sempre traz um fundo de verdade. Temos algo que é importante para nós dentro dessas referências, mas no fundo temos que encontrar nossa própria nota musical e nosso tom. É um filme que traz essa perspectiva e embora o filme tenha uma roupagem mais infanto-juvenil que a animação traz, criamos a história para as famílias. Todo mundo pode tirar uma experiência valiosa dali, mas com entretenimento de qualidade. É uma história que toca universalmente as pessoas e desde o começo pensamos nisso, inclusive em uma perspectiva internacional que pudesse dialogar com outros países. A animação tem esse poder de exportação para a internacionalização e Ollie é interessante porque também tem uma pegada musical, então trabalhamos algumas canções junto com a Ultrassom do Binho Feffer", destacou Nocera.

A equipe que está por trás do projeto, além de Nocera, também conta com JH Crema, um dos responsáveis pela série 3% da Netflix, e Úrsula Abdala no roteiro, Marcelo Siqueira e Ariadne Mazzetti, da Mistika, na produção, além da participação da Ultrassom Music Ideas na parte da trilha sonora. No momento, Ollie e a Mágica do Mundo está na primeira fase da captação de recursos, para que seja possível viabilizar a promo, e depois a expectativa é que o longo seja finalizado em até três anos, sendo um ano de financiamentos e dois anos de produção.

Durante o bate-papo com o Portal Exibidor, Nocera falou sobre a meta de internacionalização de Ollie, e também destacou o potencial do Brasil para exportar suas produções, apesar de afirmar que faltam alguns incentivos que facilitem o processo.

"O Brasil tem um potencial muito grande para exportar conteúdos. É muito importante que a gente pense em uma perspectiva global e internacional, e esse filme já nasceu com essa ótica e também estamos em mercados de fora buscando mecanismos de financiamento que façam parte de um ecossistema global. É importante termos incentivos, mas o Brasil, por exemplo, não conta com um sistema de rebate que seria muito interessante e colocaria a gente perto de um sistema mais comum de financiamento internacional de incentivo", lamentou.

Por fim, William Koga destacou as inúmeras possibilidades de financiamento e retorno financeiro que uma animação proporciona, indo muito além da produção em si. "É raro aparecer alguma oportunidade com animação até pelo número de produtores trabalhando nesse segmento que aqui no Brasil é um pouco menor. Na ICE Capital gostamos muito dessa temática de produção também pelas várias possibilidades de geração de receita que não ficam restritas a experiência no cinema. Temos também a possibilidade de algum licenciamento, de converter essa biblioteca de personagens, licenciamento de produtos físicos. Todas essas experiências e possibilidades rentabilizam bastante o filme e a gente, olhando aqui do lado financeiro, vê que o investidor acaba tendo um número maior de saídas para a liquidação do investimento dele", finalizou.

Compartilhe:

  • 0 medalha