16 Julho 2021 | Renata Vomero
Por meio de crowdfunding, ICE Capital faz rodada de investimentos de projetos do audiovisual
Plataforma atua como mediadora entre investidores e realizadores
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A ICE Capital, plataforma de crowdfunding de investimento autorizada pela CVM, intermediou a primeira oferta privada de Certificados de Investimento Audiovisual Não Incentivados para dois projetos do audiovisual. A rodada foi fechada ontem (15) e conseguiu captar R$175 mil de 19 investidores.
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O valor captado será utilizado para o desenvolvimento criativo das séries Perdidos e A Peça Final, escritos por Jotagá Crema, Mariana Thomé e Lucas Abrahão, que pretendem ser negociados com canais tradicionais e de streaming a partir deste semestre.
“A ideia surgiu depois de um contato inicial com o Jotaga, na época falávamos sobre uma adaptação do meu livro Ditadura Mundial para televisão. Nessa fase entrei em uma imersão no mercado audiovisual, que é muito específico e fechado, falei com muita gente, para entender os trâmites e os caminhos para tirar um projeto da concepção e levar às telas. Nesse caminho percebi que havia uma oportunidade de investimento, trouxe toda minha bagagem de advogado de mercado de capitais para formatar esse produto que permite que qualquer pessoa do Brasil seja sócio de projetos específicos”, explicou William Koga, co-fundador da ICE Capital.
Por meio desses investimentos - que podem ser de pessoas autônomas em busca de empreendimentos para apoiar -, estes investidores se tornam sócios desses criadores, então, poderão usufruir no futuro do sucesso desses projetos.
Como os projetos do audiovisual tendem a ter um tempo mais longo desde seu início, com a captação dos primeiros investimentos, até o começo do desenvolvimento em si, a ICE Capital atuará próxima a estes criadores, tendo como compromisso manter estes investidores atualizados de cada uma das etapas dos processos.
“Após o fechamento da oferta, a cada seis meses, no mínimo, vamos informar os investidores sobre o andamento dos projetos e sempre que tivermos algum fato relevante, divulgaremos imediatamente”, ressaltou Koga, que complementou: “Antes de apresentarmos a oportunidade de investimento procuramos entender o cronograma tentativo dos próximos passos. Que envolve um período de pesquisa, de finalização da Bíblia, finalização de roteiros e sinopses, de aprimoramento gráfico dos materiais e inscrições em rodadas de negócios. Devemos acompanhar também as reuniões com executivos e representantes de canais eventualmente interessados em incluir os projetos em suas respectivas grades”.
A iniciativa, por enquanto apenas aberta para investimento nacional, se mostra como um caminho crucial para os cineastas e realizadores brasileiros, tendo em vistas as dificuldades que a indústria vem enfrentando em desenvolver seus projetos por meio de fomentos e editais públicos.
“A nossa iniciativa busca democratizar o investimento no audiovisual. São restritas as opções que os investidores têm para participar desse mercado. O audiovisual brasileiro é forte, criativo, temos um histórico de produções relevantes. E aqui no Brasil parece sempre estar remando contra a maré e, ainda assim, é pujante. Então, a ideia aqui é reconhecer essa essência forte e fazer uma ponte para atrair o capital de investidores brasileiros, que permita uma troca mútua de benefícios”, afirmou o executivo.
A ICE Capital agora está planejamento uma nova rodada de investimentos em novos projetos, não excluindo a possibilidade, inclusive, de abrir uma chamada pública para que os criadores brasileiros apresentem suas ideias.
Segundo William, o mercado de investimento está sendo atraindo para a área de entretenimento tendo em vista o crescimento de players e a demanda por mais histórias e narrativas.
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