04 Julho 2024 | Redação
Em meio a idas e vindas, possível acordo de fusão com a Skydance faz ações da Paramount subirem
Novo acordo incluiria uma janela de 45 dias para que a Paramount pudesse buscar uma oferta que superasse a da Skydance
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Em uma novela que parece não ter fim, um novo acordo entre Skydance e National Amusements Inc. pode selar uma fusão para a Paramount Global. Vale destacar que no último dia 11 de junho a National Amusements, empresa que possui controle acionário de 77% e direito a voto na Paramount Global, havia encerrado abruptamente as negociações com a Skydance alegando preocupações com a capacidade da empresa e seus parceiros fecharem a transação que estava sendo negociada com uma proposta de US$ 6 bilhões. Agora, com a possibilidade de um novo acordo, as ações da Paramount fecharam a quarta-feira (3) com uma alta de 6,9%. As informações são do Deadline e Variety.
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Embora os termos econômicos do novo acordo não tenham sido revelados por nenhum envolvido, vale destacar que as ações da Paramount Global já caíram 28% neste ano em meio aos impasses sobre uma venda. Diante da novidade, o novo acordo será revisado pelo comitê especial do conselho de diretores da Paramount Global, e especula-se que o novo acordo entre Skydance e National Amusements inclua uma janela de 45 dias para que a Paramount possa buscar outro comprador que cubra a oferta da Skydance.
Na tentativa de acordo anterior, a Skydance recusou o pedido da National Amusements para que os acionistas minoritários pudessem votar no acordo, e isso foi amplamente criticado por esses acionistas. Agora, a possível janela de 45 dias é vista como uma solução engenhosa da Paramount e da National Amusements para buscarem uma oferta superior e resolverem o impasse com os acionistas minoritários dizendo que “consideraram todas as opções para maximizar o valor pago aos acionista”.
Anteriormente também especulou-se uma parceria da Sony com a Apollo Global para comprar a Paramount e, além disso, na segunda-feira (1) surgiu a notícia de que a IAC/InterActiveCor, que é presidida por Barry Diller, responsável pela criação da Fox Broadcasting Company, também estaria preparando uma oferta para a aquisição da Paramount. No mesmo dia, também surgiu no mercado a notícia de que Warner e Paramount estariam em negociações para uma venda ou parceria entre as plataformas de streaming Max e Paramount+. Ambos os serviços encontram dificuldades para se tornarem rentáveis e a parceria teria como objetivo adicionar mais conteúdo em uma plataforma ampliada que possa concorrer com Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e Hulu.
Já na terça-feira (2), para completar uma semana bastante agitada, surgiram rumores sobre um grupo de investidores buscando adquirir a unidade BET Networks da Paramount por US$ 1,6 bilhão, em um acordo de aquisição liderado pelo executivo da BET, Scott Mills.
Mas, apesar das incertezas acerca de um possível venda ou fusão da Paramount, e de a avaliação do conglomerado de estúdios ter caído em mais da metade nos últimos cinco anos, a Paramount ainda é capaz de produzir resultados bastante positivos. Enquanto a divisão de cinema foi responsável por um sucesso de bilheteria no último final de semana com Um Lugar Silencioso - Dia Um arrecadando US$ 109,61 milhões globalmente e US$ 64,11 milhões apenas na América do Norte em sua abertura, o programa The Daily Show, do Comedy Central, conseguiu sua maior audiência nos últimos anos com o retorno de Jon Stewart ao comando da atração, e a CBS está em alta graças às transmissões do Super Bowl e do Grammy Awards.
Também vale destacar que a última oferta da Skydance foi de US$ 2,1 bilhões e, apesar de muitas incertezas acerca de uma possível venda ou fusão, fontes próximas das empresas afirmaram ao Variety que as novas negociações são "extremamente sérias". Caso o novo acordo seja consumado, a expectativa é que a Skydance instale uma nova alta gerência na Paramount Global. Depois que Bob Bakish deixou o cargo de CEO em abril, o conselho da empresa nomeou Chris McCarthy, CEO da Showtime/Paramount Networks e MTV Studios; George Cheeks, CEO da CBS; e Brian Robbins, CEO da Paramount Pictures e Nickelodeon para dividirem a função.
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