O ano de 2023 foi melhor não apenas para os exibidores, que observaram um crescimento de quase 25% no público em relação ao ano anterior, como também para a produção nacional. Isso porque foram registradas 3.751 novas obras audiovisuais na Ancine, segundo boletim da própria agência, representando um aumento de 17% em relação a 2022. As informações são da Folha de S. Paulo.

O aumento, aliás, também representa um número de registros feitos em 2019, último ano pré-pandêmico e que é considerado um marco na história do cinema brasileiro. Naquela época, o ano terminou com 3.543 registros. 

Dos mais de 3.700 registros de 2023, cerca de 60% (2.264) são obras brasileiras independentes, revelando um importante crescimento de 39% em relação ao ano anterior, sendo também o maior número desde 2019. Em relação aos novos agentes econômicos, foram 3.317 registros, com mais da metade (1.762) sendo produtoras independentes.

É importante lembrar, entretanto, que os registros incluem todos os tipos de obras audiovisuais, não apenas filmes, e apenas uma parte é destinada às telonas. A lista inclui 1.112 produções video-musicais, 1.081 documentários, 208 animações, 44 reality shows, 30 obras religiosas, além de 860 obras de ficção. Não há distinção, ao menos nesse recorte, entre curtas e longas-metragens e nem do destino de cada produção.