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01 Fevereiro 2022 | Juliane Albuquerque

Filmes brasileiros são premiados em Sundance e pela APCA

Últimos dias foram de premiações para produções nacionais como "Cabeça de Nêgo" e "The Territory"

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(Foto: Divulgação)

Os últimos dias de janeiro foram de reconhecimento do cinema brasileiro, com prêmios no Festival de Sundance e também da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Entre os documentários, longas e curtas de ficção nacionais, já premiados em 2022, observamos a valorização de filmes que tratam em seus roteiros de pautas significativas e atuais para a sociedade, como meio ambiente, ocupação de terras indígenas, questões raciais e LGBTQIA+.

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O Sundance Film Festival, aclamado festival norte-americano de cinema independente que este ano foi totalmente virtual, terminou este final de semana (dia 30/01) com duas obras brasileiras sendo premiadas. Uma delas foi o documentário longa-metragem The Territory, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos.

O filme dirigido por Alex Pritz, e coproduzido por Darren Aronofsky, tem uma ligação imediata com o Brasil, já acompanha a resistência da comunidade indígena Uru-eu-wau-wau, de Rondônia, diante do avanço de fazendeiros que buscam ocupar as suas terras durante o governo Jair Bolsonaro.

O documentário The Territory, o primeiro de Pritz, recebeu o Prêmio Especial do Júri na categoria Documentários, e ainda, o Prêmio do Público em Documentários. Desde sua exibição no festival o filme chamou atenção do júri e da mídia especializada que fez a cobertura de Sundance (com matérias na Variety, IndieWire e Hollywood Reporter), por conta da temática ambiental e indígena.

Outro filme também premiado em Sundance 2022, foi o curta-metragem de ficção Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui . A produção recebeu um Prêmio Especial de Elenco, que conta com a cantora (e agora atriz) Zélia Duncan e as atrizes Bruna Linzmeyer, Clarissa Ribeiro, Lorre Motta e Camila Rocha, que integram o filme dirigido por Érica Sarmet. O filme fala sobre uma mulher lésbica encontrando quatro jovens numa festa queer. Juntas, comparam as vivências LGBTQIA+ entre diferentes gerações. O filme tb foi premiado no Festival de Cinema de Tiradentes, neste final de semana, com o prêmio de Melhor Curta-metragem.

No total, o Sundance apresentou 84 longas-metragens e 59 curtas-metragens à imprensa do mundo inteiro. O prêmio de Melhor Filme de Ficção norte-americana foi entregue ao drama Nanny, de Nikyatu Jusu. Entre os documentários norte-americanos, vitória de The Exiles, dirigido por Ben Klein e Violet Columbus. 

Premiados pela APCA

Na noite desta segunda-feira, dia 31/01, a respeitada APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) divulgou os vencedores do prêmio Melhores do Ano nas Artes, concedido pela instituição anualmente nas categorias Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infanto-Juvenil e Televisão.

Na categoria Cinema, cinco prêmios foram dados a diferentes produções. Como Melhor Filme foi premiado o longa Cabeça de Nêgo, de Déo Cardoso. Inspirado no livro Panteras Negras, o filme aborda uma discussão sobre racismo e precariedade do sistema educacional no Brasil. Já o prêmio de Melhor Direção ficou com Madiano Marcheti, pelo filme Madalena, que trata sobre a transfobia em uma região bem conservadora do país.

O júri da APCA deu o prêmio de Melhor Elenco aos intérpretes do longa Marighella, dirigido por Wagner Moura, que conta com atores como Seu Jorge, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso, entre outros. A premiação de Melhor Fotografia foi para Gustavo Habda, por seu trabalho em dois longas-metragens: Veneza e Acqua Movie. E o prêmio de Melhor Documentário ficou com o aclamado A Última Floresta, de Luiz Bolognesi – o longa já foi premiado em vários festivais, como Festival de Berlim e de Seul. Participaram do júri de cinema da APCA Flávia Guerra, Luiz Carlos Merten e Orlando Margarido.

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