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27 Janeiro 2021 | Fernanda Mendes

Bilheteria dos EUA se recuperará apenas em 2023, prevê analista

Eric Wold ainda defendeu a decisão das distribuidoras adiarem seus títulos dos cinemas

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(Foto: iStock)

O atual cenário da indústria de cinema é de grave crise e, por isso, as previsões para os próximos anos são a esperança para o setor. Desta vez, o analista Eric Wold, da B. Riley Securities, divulgou sua pesquisa na qual afirma que, comparado com 2019, quando a receita da América do Norte totalizou US $ 11,4 bilhões, a bilheteria doméstica cairá 40% em 2021 e 7% em 2022, para se recuperar apenas em 2023, quando os números subirão 7%, atingindo um novo recorde. A última alta da bilheteria norte-americana, antes de 2019, foi em 2018 com US$ 11,9 bilhões. As informações são do Deadline.

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O analista ainda defendeu a decisão das distribuidoras em adiarem suas estreias dos cinemas até que mais cidades reabram suas salas, dizendo que isso é bom para o mercado. “Estrear filmes antes de mais cinemas/mercados estejam abertos é ótimo para as manchetes, mas não para os resultados financeiros”. Para ele, os títulos recentes que mudaram para o segundo semestre como 007 – Sem Tempo Para Morrer (Universal), Cinderella (Sony) e Ghostbusters: Mais Além (Sony), ainda estão priorizando a janela de cinema, sem ir diretamente para o streaming.

Entre as previsões de Wold sobre as ações das empresas exibidoras em 12 meses, ele acredita que os valores subirão: de US$ 4,50 para US$ 5,50 da AMC Entertainmet, de US$ 26 para US$ 28 da Imax; de US$ 19 para US$ 25 da Marcus Corp; e de US$ 4,50 para US$ 6 da National CineMedia.

Embora o adiamento de mais lançamentos no primeiro semestre deste ano "possa pesar no sentimento dos investidores", escreveu Wold, "continuamos otimistas de que os cinéfilos retornarão aos cinemas quando tiverem permissão para assistirem ao melhor filme em anos". O analista acredita que com o “marasmo” de títulos na pandemia e a exploração de janelas alternativas, os circuitos de cinema "estarão em posição de capitalizar quando a indústria se recuperar".

Ano passado, um analista da Omdia também divulgou algumas perspectivas para os próximos anos, alegando que a bilheteria mundial só irá ultrapassar o recorde de 2019, em 2024, com US$ 44,1 bilhões.

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