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29 Outubro 2020 | Fernanda Mendes

Analista acredita que apenas em 2024 bilheteria irá superar números de 2019

Durante conferência em Dubai, analista da Omdia apresentou números

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(Foto: iStock)

Durante o META Cinema Forum em Dubai o analista da Omdia, Pablo Carrera, divulgou algumas perspectivas para os próximos anos no mercado global de cinema. No painel “Efeito do Covid-19 na indústria do cinema, projeções, planos e visão para recuperação e além”, Carrera afirmou que este ano deva terminar com uma bilheteria de US$ 12,4 bilhões. Lembrando que 2019 teve uma bilheteria global de US$ 42,5 bilhões.

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Para 2021, as projeções da Omdia não acreditam em uma recuperação tão rápida assim, com a bilheteria do ano que vem girando em torno de US$ 24,5 bilhões e, para 2022, os números podem ficar em torno de US$ 38,2 bilhões. Em 2023 as projeções apontam para uma bilheteria global de US$ 41,4 bilhões e, só em 2024, os números irão superar o recorde de 2019, chegando a US$ 44,1 bilhões.

Carrera também apresentou uma pesquisa sobre a confiança do consumidor em retornar às salas de cinema em cinco mercados (Austrália, Reino Unido, EUA, México e China), e a disponibilidade em pagar um serviço premium para assistir ao lançamento em casa. Os dados mostraram fortes variações, com os chineses (71%) mostrando maior confiança em ir ao cinema, seguidos do México (49%). Nos EUA, Reino Unido e Austrália a porcentagem ficou na faixa de 37-39%.

Sobre a estreia de Mulan, entre os entrevistados norte-americanos interessados em ver o filme, 48% não queriam ir ao cinema para assisti-lo assim como não queriam pagar uma taxa para assisti-lo em casa. No México, esse número caiu para 29% e na China para pouco mais de 22%.

Conteúdo local

A bilheteria de agosto de 2020 na China e na França se mostrou muito mais robusta do que em outros territórios, atingindo cerca de 40% da média mensal de 2019. Para efeito de comparação, em agosto também no Reino Unido a bilheteria alcançou apenas 13% da média mensal de 2019, e nos EUA o número foi de 3,3%.

Arturo Guillen, diretor global da Comscore Movies, que também estava no painel, afirmou que esta diferença discrepante se dá por conta do line-up forte de conteúdos locais na China e França. “Estamos começando a ver sinais de recuperação - casos de sucesso na Ásia com grandes títulos locais na Coreia do Sul, China e Japão”, contou. “A China e o Japão já estão gerando receitas maiores do que as mesmas semanas do ano passado antes da pandemia”.

As informações são do Screen Daily.

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