17 Abril 2020 | Fernanda Mendes
Representantes europeus falam sobre volta dos cinemas em julho
UNIC falou sobre declaração do CEO da Cinemark
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Em um webinário online nesta semana os representantes da UNIC (União Internacional dos Cinemas), que atende mais de 38 países na Europa, falaram sobre a volta dos cinemas no continente.
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Jaime Tarrazón, vice-presidente sênior da UNIC na Espanha, foi questionado sobre a possibilidade da reabertura das salas com a estreia de Tenet, em 17 de julho, algo que foi dito pelo CEO da Cinemark nos Estados Unidos. “Nós temos exatamente o mesmo calendário em nossa mente. Mas é muito cedo, até mesmo para os americanos dizerem coisas do tipo. Na Espanha estamos em conversações com o governo e eles só estão focados no problema de saúde”.
Laura Houlgatte, CEO da entidade, ainda atentou que cada país terá o seu próprio retorno, o que poderá variar de uma a duas semanas em cada território. Houlgatte observou que há medidas iniciais para reabrir certas áreas sociais em países como Áustria, República Tcheca e Dinamarca. “Teremos que ficar de olho nesses países, mas isso varia de território para território. Quando a Comissão Europeia tentou preparar uma estratégia de saída para todos os países, foi muito mal recebida”.
Aliás, nessa volta, uma coisa que está sendo muito debatida é a questão das janelas de exibição e a flexibilidade diante delas. Para Phil Clapp, presidente da UNIC, as janelas voltarão ao seu padrão tradicional assim que os cinemas reabrirem. “Acreditamos que isso não mude o equilíbrio da indústria depois que sairmos disso de maneira significativa. Não há absolutamente nenhum sentido de que, quando voltarmos à normalidade que se aproxima, a janela não existirá. Ela continuará a trabalhar para o setor - não apenas para os exibidores, mas também para os colegas de distribuição”.
Quanto ao conteúdo disponível para exibição nos cinemas quando eles reabrirem, Clapp disse que a entidade está em "um diálogo aberto" com os distribuidores – especialmente com os principais estúdios - e exibidores.
“Precisamos esperar que os EUA saiam dessa situação atual para que os lançamentos diários dos principais filmes estejam disponíveis? Claramente, esperamos que não. Mantemos esse diálogo com os estúdios em nome de todos os territórios europeus que representamos ", afirmou Clapp.
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