16 Abril 2020 | Fernanda Mendes

CEO da Cinemark espera retorno dos cinemas em julho

Executivo falou em conferência com analistas da bolsa de Wall Street

Em conferência virtual com analistas da bolsa de Wall Street essa semana, o CEO da Cinemark, Mark Zoradi, fez diversas declarações interessantes sobre a reabertura das salas de cinema após a quarentena do novo Covid-19.

Publicidade fechar X

Ele acredita que a reabertura das salas da exibidora irá acontecer entre um a três meses, com previsão de 1º de julho. Outros executivos da Cinemark presentes também disseram que a rede quer trazer de volta seus funcionários em junho para iniciar as exibições de filmes clássicos no final do mês e começar a receber os clientes de volta aos complexos.

O aumento de movimento nas salas deve acontecer no fim de semana de 17 a 19 de julho, quando Tenet (Warner), próximo filme de Christopher Nolan, entrará em cartaz.

Questionado se Zoradi acha que a agenda de lançamentos para o próximo ano é muito boa ou está superlotada de filmes adiados, ele disse que não. “Acho que não temos esse problema…É ótima a maneira como o sistema funciona, em que os estúdios são mestres em olhar o calendário e a programação e ver para onde querem chegar nessa competição”, disse ainda reforçando que alguns dos filmes para 2021 tiveram atrasos na produção e serão adiados para 2022.

O CEO também falou sobre a recente estreia de Trolls 2 (Universal) diretamente em VOD. “A Universal agiu com muita clareza e tomou a decisão quando estávamos fechando nossos cinemas. Eles viram que gastaram muito dinheiro em marketing, eles não tinham escolha. Não vemos nenhuma mudança sistêmica nos estúdios quando se trata de seus principais filmes porque o cinema é muito importante para eles”.

O CFO da Cinemark, Sean Gamble, lembrou que um recente acesso a uma linha de crédito de US$ 98,8 milhões e a venda de US$ 250 milhões em títulos de dívidas são "medidas prudentes", em vez de uma busca emergencial por dinheiro novo, e devem permitir que a Cinemark navegue na crise do Covid-19 em segurança, mesmo que se estenda até 2021.