20 Janeiro 2020 | Fernanda Mendes

Mostra Festival do Rio 20 Anos “dá uma noção do que é a história do cinema brasileiro recente”, diz diretora do evento

Evento acontece entre 21 e 31 de janeiro na cinemateca do MAM (RJ)

Em comemoração aos 20 anos do Festival do Rio, a organização do evento, em parceria com o MAM (Museu de Arte Moderna) e o Deutsche Filmakademie (Academia Alemã de Cinema), realiza entre os dias 21 e 31 de janeiro o Festival do Rio 20 anos – Verão no MAM.

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A mostra reúne os filmes brasileiros mais emblemáticos que passaram pelo Festival do Rio nessas duas décadas e também uma seleção de produções premiadas alemãs. Na programação há produções como O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho), Ônibus 174 (José Padilha), O Palhaço (Selton Mello) e Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes.

Como não é segredo para ninguém, o Festival do Rio perdeu o patrocínio da Petrobras no ano passado e dependeu de financiamento coletivo. “Como efetivamente o que tínhamos de recursos era muito pouco, a Cinemateca do MAM se dispôs a trabalhar com a gente, o instituto alemão também está trazendo seus filmes, e os produtores e distribuidores cederam essas obras gratuitamente”, explicou Ilda Santiago, diretora do Festival.

Muitos dos diretores participarão das sessões e conversarão com o público. É interessante observar que só três longas da programação brasileira são clássicos: Pixote: A Lei do Mais Fraco (Hector Babenco), Xica da Silva (Cacá Diegues) e Índia, A Filha do Sol (Fábio Barreto). “Essa mostra dá uma noção muito clara do que é a história do cinema brasileiro recente e a importância de crítica, de público, e da imagem do Brasil lá fora”.

Entre as atividades ainda há o workshop de fotografia “Point of narration as a key decision”, com Benedict Neuenfels. Voltada para fotógrafos e estudantes, a oficina levanta questões morais, estéticas e técnicas envolvidas na concepção visual de filmes.