07 Novembro 2019 | Fernanda Mendes
Flix Media recebe mercado para mostrar as oportunidades de mídia em cinema
“As marcas podem se apropriar da experiência do cinema para se comunicar com as pessoas”, conta diretor comercial
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Ontem (6) a Flix Media recebeu players do mercado em um evento lotado no Cinépolis JK Iguatemi (SP) para trazer números do setor de mídia em cinema, que só cresce no País. Mais precisamente, no primeiro semestre do ano, o meio cinema teve um aumento de 60% de publicidade. Um ano histórico.
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Adriana Cacace, diretora geral da empresa, inclusive, ressaltou a importância do esforço dos exibidores e distribuidores em digitalizar o circuito, porque sem a digitalização, a atuação das empresas de mídia em tela, não seria possível.
Hoje, a Flix é a maior empresa do ramo na América Latina, atuando em 12 países e 240 cidades. No Brasil, ela detém 72% do share e está presente em mais de 2 mil telas em todos os Estados. Uma das frentes de atuação da empresa é o aplicativo Alfred, lançado há um ano e já com cerca de 350 mil usuários. A ideia do app surgiu como uma ferramenta para conhecer melhor os espectadores, já que na plataforma o usuário coloca as suas preferências, hábitos de consumo, etc.
Como resultado, há dados interessantes. Na base do Estado de São Paulo, eles descobriram que 60% do público do cinema está entre a faixa de 18 a 38 anos e que a população de alta renda é 5 vezes maior no cinema do que em todo o Estado. No Amapá, o gênero preferido dos espectadores é a comédia e no Rio de Janeiro os preferidos são os documentários e a comédia nacional; por último, mas não menos importante, uma descoberta foi que os homens são os que mais dão spoiler.
Outra frente de trabalho da Flix é com o branded content por meio do Flix Channel, canal que é veiculado em todas as mais de 2 mil telas parceiras da Flix e impacta cerca de 2,4 milhões de pessoas por semana. “As marcas podem se apropriar da experiência do cinema para se comunicar com as pessoas. O cinema é o melhor player de vídeo do mundo pois tem qualidade de som, telona, sala escura. Tem 100% de audiência impactada e a marca consegue entregar um filme e ter a certeza que o espectador vai assistir do começo ao fim. Fora isso, o cinema é o único meio que não trabalha com projeção, trabalhamos com número reais. No final entregamos um relatório onde o cliente tem a certeza de que pagou pelas pessoas que foram impactadas”, salientou Cristiano Persona, diretor comercial.
A ideia do Flix Channel é que a marca se comunique com o espectador de forma contextualizada no mundo do cinema. Dois exemplos apresentados foram as ações com os parques da Walt Disney World e com a Samsung. Esta última fez coisas bem legais, como uma ação antes de diversas sessões onde foram tiradas fotos da plateia no escuro para divulgar uma nova função dos celulares da fabricante.
A convidada especial do evento da Flix, a jornalista Arianna Huffington, contou que com a mudança de comportamento da sociedade, este é o papel da publicidade atualmente: agregar valor à vida das pessoas. “Hoje as empresas lutam por atenção e vocês tem a chave mais poderosa que o storytelling”.
Realmente o cinema é uma janela que só cresce. E os números podem comprovar: Em 2008 foram vendidos 89 milhões de ingressos no Brasil e em 2018 foram 163 milhões. Um salto de 84%.
Outro comparativo é a audiência de Vingadores: Ultimato (Disney) que ficou meses em cartaz. O longa atraiu cerca de 19 milhões de brasileiros aos cinemas, um número maior até mesmo do que o Carnaval da Sapucaí no Rio de Janeiro (500 mil pessoas) e que a Parada LGBTQ+ em São Paulo (3 milhões).
Todo esse crescimento abre cada vez mais espaço para os anunciantes no meio cinema. Só da Flix Media são 911 marcas entre 20 segmentos que atuam nos meios digitais, no Flix Channel e em DOOH (Digital Out Of Home).
“O cinema influência o hábito das pessoas, promove debates, dita tendências e, principalmente, motiva marcas”, explicou Persona.
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