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11 Setembro 2019 | Thaís Lemos

Filmes da Gullane fazem sucesso em festivais internacionais

Fundador da produtora fala sobre a importância do audiovisual nacional

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(Foto: Pandora)

Com a temporada de festivais importantes para o cinema, a produtora Gullane Filmes comemora o sucesso de seus filmes nesses eventos. O longa Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, que terá distribuição pela Imovision no Brasil, teve sua primeira exibição na edição do Festival de Veneza na semana passada e foi recebido com uma impressão positiva tanto pela imprensa, quanto pelos espectadores da sessão. “Foi muito especial, a sala cheia, muitos amigos do Hector [Babenco] do cinema. Foi uma emoção muito grande, tivemos um debate muito emocionado depois”, contou Fabiano Gullane, fundador da Gullane Entretenimento, ao Portal Exibidor.

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A história do cineasta Hector Babenco é retratada de uma maneira pessoal, já que o documentário foi dirigido por sua esposa, Bárbara Paz. “Essa relação forte traz muita emoção para o filme, uma verdade muito grande para tudo o que está na tela. O documentário tem uma força muito grande”, revela Fabiano. A história, inclusive, recebeu o prêmio de Melhor Documentário na mostra Venice Classics. “Ele me ensinou tudo. Muito obrigada. Esse prêmio é muito importante. Não a censura”, declarou Bárbara Paz, ao receber o prêmio.

Agora, a história de Babenco deve chegar em outros festivais internacionais, mostrando seu potencial para ser vendido em outros territórios. “O filme aponta para uma carreira internacional importante”, disse Gullane. No Brasil, a produtora conta com parceria com a Imovision, Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil. “Todos vão se unir para preparar um grande lançamento”, revelou o diretor, afirmando que o longa ainda não tem data de estreia definida.

Além disso, O Traidor (Pandora), filme coproduzido entre Brasil, Itália, França e Alemanha, também se destacou em grandes festivais. Durante o Festival de Cannes, o longa ganhou uma boa repercussão, que se refletiu em uma bilheteria de US$ 4,7 milhões na Itália, e a venda do título para 45 países. Nos Estados Unidos e América Latina, a Sony Classics ficou responsável pela distribuição do filme.

O longa conta a história do mafioso italiano Tommaso Buscetta, que se exilou no Brasil e constituiu uma família com uma esposa brasileira, mas é preso e mandado de volta para seu país. “O filme tem uma grande chance de ser escolhido pela Itália para concorrer ao Oscar [na categoria de Melhor Filme Estrageiro]”, contou Fabiano.

O filme dirigido por Marco Bellocchio conquistou seis prêmios Kino, concedido pelo Ministério da Cultura da Itália, no início deste mês, sendo eles Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Pierfrancesco Favino, Melhor Atriz Coadjuvante para Maria Fernanda Cândido, Melhor Montagem e Prêmio do Público e da Crítica. “É um prêmio muito respeitado pela classe. É muito bom ser reconhecido pelo mundo”, disse Gullane.

O executivo acredita que o sucesso se deu pela evolução que o audiovisual brasileiro tem trilhado ao longo dos anos. “Participamos ativamente das seleções oficiais dos festivais, como Cannes, Berlim, Veneza... os filmes não têm sido só exibidos, eles são vendidos, bem recebidos pela crítica. Fazer parte disso é ter sensação de que estamos na direção certa. Temos que ser protagonistas na produção”, finalizou.

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