14 Agosto 2019 | Thais Lemos
Edital do Banco do Brasil para cinema conta com itens considerados restringentes
"É uma clara tentativa de censura", afirmou o Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região
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A BB DTVM, subsidiária do Banco do Brasil, abriu nessa semana um edital para a seleção de filmes que receberão investimentos da empresa via Lei do Audiovisual. No entanto, alguns campos no formulário de inscrição chamaram atenção.
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Itens perguntam se a obra faz referência a crimes, drogas, prostituição ou pedofilia, se cenas de nudez ou sexo explícito serão exibidas, e se a obra tem cunho religioso ou político. Segundo informações da Folha de S. Paulo, em 2017 e 2018, nos editais não constavam essas perguntas.
Após a publicação, o Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região, emitiu uma nota se manifestando contra o documento, afirmando que o BB deveria zelar pela pluralidade de ideias de temas. “Vetar que empresas públicas financiem obras cinematográficas devido ao seu conteúdo é uma clara tentativa de censura”, disse João Fukunaga, secretário de assuntos jurídicos do órgão.
Para O Globo, a BB DVTM enviou uma nota que mencionava que desde 2006, a subsidiária utiliza incentivo fiscais previstos na Lei do Audiovisual realizando aquisição de Certificados de Investimento Audiovisual (CAV).
“Para 2019, a empresa divulgou novo Edital para investimento em CAV buscando, como nos anos anteriores, estabelecer um processo que permita alocar recursos da melhor maneira possível, respeitando a legislação, os normativos vigentes e priorizando projetos com conteúdo acessível para todas as idades”, concluía a nota ao jornal.
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