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09 Agosto 2019 | Renata Vomero

Elo Company entra no mercado de produção

Primeiro projeto da empresa é selecionado para mercado internacional

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(Foto: Elo Company)

Há 13 anos no mercado de cinema, atuando principalmente como distribuidora, a Elo Company agora passará a ter na empresa um braço voltado para a produção cinematográfica. “A gente está há 13 anos no mercado, percebemos que todo o novo modelo de negócio de VOD e TV é direto com o produtor, não tem o papel do distribuir. Então, se a gente não entrasse em produção estaríamos focados em trabalhar o conteúdo depois de cinco anos, que é o final da calda e o cinema”, explica Sabrina Nudeliman Wagon, CEO da Elo Company.

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Tendo como foco o mercado internacional, a produtora trabalhará em conteúdos que tenham potencial de ir além do Brasil. É o caso do primeiro projeto da Elo, An Unsung Soldier, que acaba de ser selecionado para participar dos pitchings do festival Sunny Side of The Doc. “É o que a gente queria, a gente sabe que para ter uma performance internacional, temos que começar a marcar território desde o começo, desde o projeto. Estamos planejando o mesmo para os nossos filmes que fizemos com O Menino E o Mundo e Marina Abramovic. Não é porque entramos na produção, que deixamos de lado o braço de distribuição. Tanto que esse ano a empresa foi a que mais lançou filmes brasileiros no cinema”, afirmou a executiva. Como estratégia, a empresa atuará em filmes com co-produções internacionais e no Brasil, em parceria com as majors.

Além de pensar na possibilidade de levar as produções para fora, a Elo Company tem como objetivo que essas narrativas sejam de entretenimento, mas que vão além disso. “A gente sempre busca conteúdo que tenha entretenimento, mas que também emocione e traga uma amplitude de visão de mundo”, comenta Sabrina. Além de An Unsung Soldier, documentário jornalístico, a empresa está com um projeto de imigração e empreendedorismo no History Channel e de ciência, no National Geographic. Para levar essa novidade aos produtores, a empresa está utilizando de approach direto com esses criativos e apostando na presença em eventos. Com o apoio do programa de financiamento do BNDES Procult, a Elo Company conseguiu liberação do Art. 1º-A, que deve ser utilizado para investir em alguma produção.

Para o cinema, a Elo Company focará em trabalhar dois filmes por ano para a janela, tendo como foco para tal ainda o seu braço de distribuição. E no de produção, mantendo uma forte demanda para a televisão. Entre as narrativas construídas, a empresa manterá seu foco em diversidade, algo que já vem muito forte no Selo Elas. “Toda a nossa parte de produção tem como objetivo ampliar horizontes, trabalhar a diversidade de mulher, negros e outras regiões do Brasil, porque assim existe uma diversidade de visões. Não é que vamos fazer filme só de mulher, mas esses valores estão presentes em tudo da empresa”, salienta a CEO.

Para o futuro, mesmo com um Brasil ainda indeciso no que se trata do audiovisual brasileiro, Sabrina é otimista quanto às transformações que vêm por aí. “As coisas vão mudar, na minha opinião, vão ficar mais profissionais. Você vai ter que fazer prestação de contas, você terá que gerar resultados, isso é muito bom para a gente. Por outro lado, terão novas oportunidades de novas empresas demandando conteúdo, empresas de streaming. A gente fica assustado com a mudança, mas no geral acho que é positivo”, finaliza.

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