26 Fevereiro 2014 | Redação
José Padilha compara distribuição nacional e internacional
Diretor explica que risco do distribuidor nos EUA é maior
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José Padilha, diretor de Robocop, comparou a responsabilidade da distribuidora nos EUA e no Brasil. Segundo ele, as distribuidoras de Hollywood correm um risco muito maior ao fazer um filme, ao contrário do que ocorre no Brasil.
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“Uma distribuidora nos EUA, como por exemplo a Sony e a MGM no caso do Robocop, financia o desenvolvimento do filme, que é caro, e investe desde o começo: paga roteiristas, paga o diretor para trabalhar com os roteiristas, os produtores e tudo mais. Isso quando eles não têm um acordo com uma produtora para que esta desenvolva projetos e mandem prioritariamente para eles, pagando todos os custos da produtora”, explicou o diretor em entrevista ao programa da TV Cultura Roda Viva.
Padilha afirmou que no Brasil quem corre o risco é o produtor, pois ele é quem financia o desenvolvimento e paga todos os custos relacionados ao longa e, mesmo assim, quem controla a receita é o distribuidor. Por conta deste motivo, o diretor explicou que preferiu criar uma distribuidora para distribuir Tropa de Elite 2.
‘’Primeiro fui olhar o mercado: será que o distribuidor sabe algo que não sei? Tem algum know how que eu não tenha? Aí a vi que a entrega das cópias é terceirizada, a cobrança é feita por um sistema de computador que eu consigo comprar e instalar, o controle dos exibidores não é difícil porque 90% dos cinemas é controlado por grandes empresas. Então se eu falo com três caras, consigo conversar com o mercado de exibição, que é sério. Ele não está roubando o distribuidor, ele é sério”, finalizou Padilha.
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