17 Abril 2019 | Thais Lemos
Paris firma parceria para investimento privado em produções
Simba Content assinou acordo para investir milhões de reais em projetos da empresa
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Ontem (16), a Simba Content anunciou parceria de coprodução com a Paris Entretenimento e de distribuição no circuito comercial com a Paris Filmes, em evento que aconteceu em São Paulo (SP).
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Carlos Alkimim, diretor de contratos e distribuição da Simba (joint-venture com a RecordTV, RedeTV! e SBT), disse na coletiva de imprensa que investirá alguns milhões de reais em produções e em distribuições de alguns filmes. “Temos a alegria de dividir essa parceria inovadora, que vai trazer recurso adicional para o audiovisual brasileiro”, disse. No entanto, o valor exato do investimento não foi divulgado.
O executivo informou que a Simba encerrará 2019 com uma atuação em cerca de 11 títulos, em um momento em que a cultura do Brasil carece de investimento privado. A expectativa da empresa é buscar novas parcerias no futuro para poder enriquecer ainda mais o cinema brasileiro.
Para Renata Rezende, diretora executiva da Paris Entretenimento, essa parceria mostra mais um modelo de negócio possível dentro do mercado audiovisual. “É uma união que reforça nossa importância no mercado e na produção. O país que não preserva sua cultura vira um país sem história, sem registro”, disse Rezende.
Três projetos já estão em desenvolvimento a partir da parceria. Com título provisório, Feliz Nataldeve ser lançado no fim do ano, A Sogra Perfeita levará Cacau Protásio como protagonista para as telonas e a cinebiografia de Silvio Santos, que deve ser gravada no fim do ano.
Como distribuidor, Marcio Fraccaroli, CEO da Paris Filmes, afirmou que a parceria com a Simba vai permitir um planejamento mais assertivo. “Temos que nos espelhar nas companhias norte-americanas, que tem muito planejamento, para ocupar salas de cinema. O grande problema do cinema nacional é que as vezes você tem uma grande história, mas não tem uma data cravada”, completou.
Fraccaroli também falou sobre a relevância do financiamento público. “É muito importante deixar claro a importância da mescla do dinheiro privado com o dinheiro público, que fomenta o cinema brasileiro. Dinheiro público é fundamental para que o cinema nacional se mantenha”. No momento, a parceria foca somente na janela de cinema.
Além disso, o CEO da Paris falou que o inimigo do mercado audiovisual do Brasil não são os produtores, e sim os filmes estrangeiros, que chegam no País ocupando espaço e recebendo royalties. “Temos que torcer para o cinema brasileiro, encontrar uma forma que nossa cultura e sociedade sejam refletidas nas telas de cinema”, finalizou Marcio.
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