01 Março 2019 | Fernanda Mendes e Renata Vomero
Adhemar Oliveira: "É uma batalha interminável", diz após corte de patrocínio do Cinearte
Cinema busca novos apoiadores para seguir aberto, após Petrobras não renovar contrato
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Nesta quinta-feira (28) a Cinearte anunciou que a Petrobras não renovará o contrato de patrocínio com o cinema de São Paulo (SP). A parceria foi firmada em 2018 e em dezembro a companhia enviou proposta para a estatal propondo mais dois anos de patrocínio. No entanto, em fevereiro a Cinearte teve a resposta de que o acordo não foi aceito.
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Em entrevista ao Portal Exibidor, o dono do cinema, Adhemar Oliveira, lamentou a situação. “O apoio que os shoppings dão aos cinemas corresponde ao patrocínio para os cinemas de rua. O patrocínio é o que paga o aluguel e faz a sobrevivência do empreendimento. Cinema é risco. Um mês ganha, outro não. É uma busca interminável”.
Não é a primeira vez que o cinema, localizado no Conjunto Nacional, em São Paulo, tem mudança de patrocínio, ele já teve em seu título as marcas Bombril e Livraria Cultura (esta durante cinco anos). Cinearte Petrobras segue como nome da empresa até o dia 31 de março e Adhemar, que administra o minicomplexo há vinte e um anos, já está em contato com empresas privadas para garantir que o cinema consiga se manter de portas abertas. “Essa batalha de cinema de rua é cansativa, se não fosse minha paixão, eu não aguentaria”, explica.
Entenda o caso
No começo de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras anunciaram a revisão dos patrocínios em relação à cultura. "Para maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público, informamos que todos os patrocínios da Petrobras estão sob revisão, objetivando enfoque principal dos recursos para educação infantil e manutenção do empregado à Orquestra Petrobras", disse o presidente em seu Twitter.
Diversos projetos já foram afetados, como a Sessão Vitrine, projeto de distribuição de filmes nacionais, além do Festival de Cinema do Rio.
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