22 Fevereiro 2019 | Thais Lemos

Mesmo sem apoio da Petrobras, Sessão Vitrine continua

Distribuidora emitiu um comunicado oficial lamentando suspensão do patrocínio

A Vitrine anunciou hoje (22) que a Sessão Vitrine, projeto de distribuição coletiva, irá continuar mesmo sem apoio da Petrobras, que contribuía com o evento desde 2017. Segundo o comunicado oficial emitido pela distribuidora, o patrocínio foi suspenso por ordens da presidência da empresa do governo.

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“A decisão interrompe uma parceria essencial, que fortaleceu exponencialmente a Sessão Vitrine e que simbolizava o apoio da empresa a um projeto de interesse público, que trata a cultura como direito social básico do cidadão”, declarou a Vitrine em nota emitida.

A distribuidora também ressaltou a importância do papel da Petrobras no fortalecimento do setor audiovisual no país, por ser a maior parceira da Retomada do Cinema Brasileiro, onde mais de 500 filmes foram patrocinados com uma política cultural sistêmica comprometida com a produção, exibição e distribuição no País.

A Sessão Vitrine é uma alternativa de distribuição da produção nacional, no qual um filme por mês é lançado, com sessões diárias com ingresso por um valor reduzido, debates e maior acessibilidade aos filmes. Títulos de diferentes estados são lançados, buscando gêneros e temáticas diversas, construindo um cinema mais sustentável e diversificado.

O projeto soma mais de 160 mil espectadores e apresenta uma média de público cada vez maior. A Sessão Vitrine continua em vigor e busca novos patrocinadores, avaliando as melhores estratégias para não interromper a iniciativa.

A Vitrine agradeceu pela parceria, mas também mostrou sua preocupação com o futuro. Confira um trecho na íntegra:

“Expressamos aqui nosso sincero agradecimento à Petrobras e a todos parceiros dessa caminhada, e também nosso pesar e nossa extrema preocupação com a descontinuidade desse patrocínio cultural. O posicionamento da nova gestão afeta não apenas a Sessão Vitrine, mas a cadeia produtiva do audiovisual em todas as suas instâncias, que resiste em um cenário sem Ministério da Cultura e sem qualquer sinalização à renovação da Lei do Audiovisual. É vigente a preocupação de que outras políticas culturais conquistadas sejam suspensas de forma unilateral, implicando em um retrocesso progressivo para o setor, afetando a sociedade brasileira como um todo.”