21 Novembro 2018 | Roberto Sadovski

Quentin Tarantino reabre o New Beverly

Cinema histórico de Los Angeles, em reforma por um ano, retoma suas atividades em 1 de dezembro

O cinema de rua ainda carrega um charme que os multiplexes não conseguem reproduzir. Nada mais natural que um dos maiores cinéfilos do mundo, o diretor Quentin Tarantino, tenha investido em uma das salas mais tradicionais de Hollywood. Depois de quase um ano de reformas, o New Beverly reabre em 1 de dezembro com uma programação que mistura clássicos de Natal e, claro, filmes de gângster.

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Inaugurado em 1929, o New Beverly era originalmente uma loja de doces, depois transformado em teatro, que recebeu em seu palco celebridades como Dean Martin, Jerry Lewis e Jackie Gleason. Depois de um período como casa noturna, foi finalmente transformado em um cinema nos anos 1950, passando por uma fase de cinema europeu e até de filmes eróticos, antes de abrigar clássicos do cinema ao fim dos anos 1970, geralmente em sessões duplas – a primeira delas trouxe Uma Rua Chamada Pecado e O Último Tango em Paris, uma overdose de Marlon Brando!

Quentin Tarantino já era frequentador assíduo desde 1982, e depois da morte do dono do cinema em 2007, decidiu investir para impedir a transformação do espaço em uma rede de cabeleireiros. Tarantino havia feito a curadoria de filmes de sua coleção particular em março de 2007 para promover o lançamento de Grindhouse, e manteve a operação com os herdeiros do proprietário – após 2014, o diretor assumiu a programação em tempo integral, mantendo sessões duplas e em 35 mm.

A reabertura do New Beverly já era esperada desde que o cinema deu um pause em suas atividades para uma reforma completa. Em 1 de dezembro, o cinema reabre com a exibição de Batman: O Retorno (1992) e Jovens, Loucos e Rebeldes (1993). O mês terá então sessões intercaladas de filmes de Natal (como O Estranho Mundo de Jack, de 1993, A Felicidade Não se Compra, de 1946, e Férias Frustradas de Natal, de 1989), filmes de gângster (Os Intocáveis, de 1987, e O Poderoso Chefão, de 1972) e trabalhos do próprio Tarantino.