12 Novembro 2018 | Fernanda Mendes

Divisão de filmes da Disney contabiliza recordes no quarto trimestre fiscal

Receita aumentou em 50% e lucro líquido em mais de 100%

A Walt Disney Company divulgou os resultados do seu quarto trimestre, que encerrou o ano fiscal em 29 de setembro. Os resultados foram bastante satisfatórios já que o grupo alcançou um recorde de receita com US$ 14,3 bilhões, superando as expectativas de Wall Street que especulava cerca de US$ 13,7 bilhões.

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Somente a receita da divisão em cinema aumentou em 50% com uma arrecadação de US$ 2,2 bilhões. Segundo a companhia a alta se deve muito pela bilheteria de Os Incríveis 2, que conseguiu mais de US$ 1,2 bilhão mundialmente. Homem-Formiga e A Vespa também teve uma ótima performance com US$ 622 milhões em todo o mundo. Contabilizando o ano fiscal inteiro a receita teve aumento de 19%, arrecadando US$ 9,9 bilhões.

Analisando o lucro líquido os ganhos são ainda maiores. Neste último trimestre a alta da divisão de filmes foi de mais de 100% em comparação ao mesmo período do ano fiscal anterior – algo em torno de US$ 596 milhões.

“Nós estamos muito satisfeitos com nosso desempenho no ano fiscal de 2018, entregamos recordes em receita, lucro líquido e lucro por ação”, disse Bob Iger, presidente e chefe executivo do grupo.

Mudanças

Para o primeiro trimestre de 2019 está prevista a fusão entre a Disney e a 21st Century Fox, o que acarretaria em franquias grandiosas de cinema para o grupo do Mickey como Avatar e X-Men.

Muitas questões ainda estão no ar. Uma delas é o destino da plataforma de streaming Hulu (da Fox), que poderia ser vista como uma concorrente da Disney +, serviço de streaming que o estúdio do Mickey lança ano que vem. Aparentemente, porém, parece que os planos para a plataforma apontam para a direção oposta.

Durante a reunião com os acionistas da empresa, Iger jogou uma luz sobre o que pode acontecer com a Hulu a partir de 1 de janeiro de 2019, quando a Disney será dona de 60% do serviço. “Dado o sucesso da Hulu em termos de crescimento de assinantes, e a força relativa da marca. Acho que existe a possibilidade de aumentar o investimento no serviço”, disse. “Em especial no que diz respeito à sua programação.”

Outra questão é sobre as janelas de exibição. Para isso, Iger também tem uma resposta. "Temos um estúdio que está indo muito bem e uma fórmula que está nos servindo muito bem", disse ele durante o evento. Embora ele admitisse que alguns títulos poderiam ser lançados on-line “um pouco mais cedo”, ele afirmou, “não estamos tentando invadir a janela teatral”.