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03 Outubro 2018 | Thais Lemos

comScore aponta desafios da indústria cinematográfica latino-americana

Diretor executivo da empresa mostrou resultados locais dos últimos três anos

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(Foto: Portal Exibidor)

A palestra sobre o panorama da indústria latino americana, patrocinada pela Riole, foi apresentada por Luis Vargas, diretor executivo Latam da comScore, que mostrou resultados locais e quais problemas nos impactam atualmente.

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Vargas analisou dados de 2015 a 2018 do mercado e afirmou que o mercado latino americano é o que mais cresce, depois da Ásia, apresentando 9,5% de aumento na renda e 3,1% de espectadores.

Além disso, os gêneros que tem sido mais assistidos na região são de ação, animação e comédia. “A comédia local está sendo mais assistida. O mercado está sendo tomado pelas produções locais”, afirmou o profissional.

Entre 2015 e 2018, é possível observar a saturação do mercado, e março se apresenta como o mês mais saturado, ou seja, que mostra um crescimento exponencial. Mas junho é o mês mais forte para a América Latina, pois é a época que estreiam os blockbusters americanos.

“Mesmo ouvindo que a produção estrangeira tem um peso maior, as cifras mostram diferente. A presença de produtos da América Latina têm se consolidado através dos anos”, afirmou Vargas.

O Brasil apareceu no top 5 como o país que mais vende ingressos locais e como o que mais apresenta lançamentos de filmes, com mais de 600 longas estreados desde 2015. No entanto, Argentina é o que mais exporta as suas produções.

Desafios

O profissional apresentou quais são os desafios mais importantes que América Latina enfrenta neste momento no mercado cinematográfico. O primeiro é a caída nos números de ingressos e de pessoas que vão ao cinema. “Temos que cativar audiências mostrando diversidade para todos os públicos, e não mostrar só os blockbusters”, disse Vargas.

Fatores econômicos também são um desafio, uma vez que os países da América Latina apresentam grandes números de desemprego e o espectador procura gastar o menos possível, e os outros gastos, como estacionamento e a pipoca, são fatores relevantes e que pesam no valor da ida ao cinema.

As novas plataformas de entretenimento, como Netflix e Amazon mostram avanço considerável, e se apresentam como um obstáculo. “Mas as análises feitas sobre esses termos são empíricas, não existem métricas que permitem analisar a mudança”.

Luiz acredita que o que impulsionou as novas plataformas foram as mudanças dos narrativa, e o espectador acaba optando por elas por se mostrarem mais rápidas e estarem a fácil alcance.

As dúvidas sobre quando e como programar cada janela de exibição também é uma das dificuldades enfrentadas recentemente. Na questão da produção local, os governos e produtores tem que ser estratégicos na criação de produtos. “Além disso, devemos pensar em novos gêneros, a Latam é o segundo mercado mais importante para o terror, e ainda é um tema pouco explorado”.

Com a digitalização, novos desafios contra a pirataria surgiram e Vargas frisou mais uma vez que para evitar esse e outros desafios, o importante é cativar novas audiências e cidadãos.

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