02 Outubro 2018 | Thais Lemos
Curso na Expocine18 fala sobre jornada do consumidor no cinema
Temas abordados são importantes para o mercado
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O primeiro dia da Expocine18 contou com o curso de Gestão Estratégica: Fundamentos de Comunicação, Inovação e Finanças, ministrados por Christovan Bluhm Jr, Guto Grieco e Edson Gonçalves, professores da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
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Confira abaixo o que foi abordado:
Comunicação integrada
Christovan Bluhn, que atua na área de comunicação e marketing desde 1998, falou sobre as mudanças tecnológicas e como isso afetou os hábitos dos consumidores. “O consumidor, que nos últimos trinta anos foi acelerado pela tecnologia, agora tem todos os tipos de serviços em suas mãos”, disse Bluhm.
O consumo continuou, mas a cultura de consumir foi alterada. “A tecnologia por si só não é o verdadeiro disruptor. Não entender o cliente é a maior ameaça para as empresas”, afirmou o profissional.
É necessário criar canais de comunicação que dialogam, pois o consumidor passou a ser a alma do negócio. É necessário atrair por interesse, e não mais por imposição, como era o modo de comunicação anterior.
Bluhm também deu exemplos para o cinema, onde o consumidor agora participa de toda uma jornada, e o filme vira mídia, criando uma conversa antes, durante e depois do lançamento. Um exemplo disso, é ter um QR code no banner de divulgação que leve para uma playlist da trilha sonora.
É necessário criar uma comunicação própria para cada lançamento, porque é preciso conversar com cada espectador individualmente.
Inovação e criatividade
O professor Guto Gieco, que trabalha com inovação há 16 anos, explicou sobre a importância dessa área. “Invenção é ter uma ideia, inovação é colocar a ideia em prática e ela ter valor”, explicou.
A inovação pode acontecer em mudanças de pequenos detalhes, gerando mais valor. Hoje, é importante satisfazer as necessidades dos usuários e criar soluções criativas para solucionar problemas. Um exemplo aconteceu com uma empresa americana que queria evitar multas nas estradas, então criou um sistema nos asfaltos que tocava uma música somente quando o passageiro passava na velocidade limite.
Gieco explicou que as novas tecnologias afetam os negócios, seja na área de entretenimento ou na área da saúde, e devemos sair do automático e prestar atenção no que os millennials estão pensando. “Inovação e risco estão na mesma frase e até as maiores empresas erram”, completou.
Gestão financeira estratégica
Edson Gonçalves, diretor da CGN Consultoria & Treinamento, abordou temas de gestão financeira e gestão empresarial. Ele explicou que a existência de uma empresa é para atender uma necessidade e, para isso, investimentos são exigidos. “Isso se torna um ciclo básico da gestão financeira, onde os riscos são consequências e retornos são esperados”.
A partir disso, surgem três aspectos das finanças empresariais: o patrimonial (gestão de fontes e aplicações de recursos), que pode ser calculado através dos investimentos da empresa menos dívidas operacionais e financeiras; o econômico (gestão do lucro), que é a receita menos os custos, despesas e tributos; e o financeiro (gestão do caixa), que trata do movimento do dinheiro.
O planejamento empresarial é importante para obter uma visão ampliada e integrada dessa organização. “Muitas vezes, só conseguimos enxergar pequenos pedaços e não por inteiro, fazendo com que a empresa perca com isso”, afirmou o professor.
No caso da gestão de um cinema, para realizar o orçamento de lucro é preciso sempre observar o comportamento sazonal do público, quanto custa manter um cinema sem público, qual é a perspectiva de lançamentos, qual é a taxa de ocupação esperada e o que muda quando há público.
Os temas abordados foram essenciais para uma melhor percepção do cinema como mercado, abordando desde a tecnologia e como se inovar diante ao futuro, até a elaboração de uma gestão financeira e empresarial eficaz.
Confira a cobertura do primeiro dia da Expocine18.
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