25 Setembro 2018 | Thais Lemos
Organizações europeias pedem aumento do orçamento do Creative Europe MEDIA Programme
Instituições afirmam que os 1,86 mil milhões de euros não são suficientes
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Na última quinta-feira (20), organizações do setor audiovisual da Europa fizeram uma declaração aberta, reforçando o apoio a Creative Europe MEDIA Programme, programa de incentivo a setores culturais e criativos, e pediram um aumento significativo do orçamento.
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Em comunicado oficial, as organizações afirmam que o programa “facilitou o desenvolvimento de uma indústria audiovisual criativa e dedicada, criando proativamente mercados e audiências para conteúdos europeus em todo o continente e além”.
O comunicado também afirma que o orçamento de sete anos da Crative Europe, de 1,86 mil milhões de euros não são suficientes diante dos desafios políticos, econômicos, de mercado e culturais que a União Europeia enfrenta atualmente. Por isso, foi solicitado um aumento significativo de 58% na participação proposta destinada a Creative Europe que deve, no mínimo, ser garantida em relação à proposta financeira global.
As instituições afirmam que essa porcentagem orçamental não só ajudará a dar resposta aos desafios, em um período de transição do mercado, evolução dos modelos de negócios, oportunidades de financiamento e fluxo de receitas, como representará um valor maior as contribuições realizadas pelos investimentos privados do setor cinematográfico e audiovisual no desenvolvimento, produção, marketing, comercialização e distribuição, tanto offline como online.
O documento foi assinado pela CEPI (Coordenação Europeia de Produtores Independentes), EFP (Rede Internacional de Organizações de Promoções & Marketing do Cinema Europeu no Mundo), Eurocinema (Associação dos Produtores de Cinema e Televisão), Europa Cinemas (Rede Internacional de Cinemas para a Difusão de Filmes Europeus), Europa Distribution (Rede Europeia de Distribuidores de Filmes Independentes), Europa International (Rede Europeia de Agentes de Vendas), FIAD (Federação Internacional de Associações de Distribuidores de Filmes), FIAPF (Federação Internacional das Associações de Produtores de Filmes), IVF (Federação Internacional de Vídeo) e UNIC (União Internacional dos Cinemas).
Recentemente, a UNIC (União Internacional de Cinemas), que representa associações e exibidores em 37 territórios da Europa, se manifestou sobre crescimento do streaming e se posicionou na luta para garantir a experiência cinematográfica, dizendo que o lançamento dos filmes no cinema é vital para as plateias e para a indústria. “Um filme não é apenas uma obra audiovisual, mas engloba todo o ambiente construído a seu redor, da experiência social e cultural até a empolgação construída em torno de seu lançamento”, afirmou a UNIC em carta aberta.
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