11 Setembro 2018 | Thais Lemos
Filme sobre boxeador brasileiro "é diferente de tudo o que já foi feito no País", afirma diretor
" 10 Segundos Para Vencer" já conquistou dois prêmios no Festival de Gramado
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Com estreia programada para o próximo dia 27, o filme 10 Segundos Para Vencer (Imagem Filmes) conta a história de Eder Jofre, bicampeão de boxe e considerado um dos 10 melhores boxeadores de todos os tempos.
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O filme realizou sua primeira exibição no 46º Festival de Gramado, em agosto desse ano, e conquistou os prêmios de Melhor Ator, pela atuação de Osmar Prado e Melhor Ator Coadjuvante, para Ricardo Gelli. Nesta segunda (10), o elenco, diretor e produção fizeram uma coletiva de imprensa em São Paulo (SP).
Para viver o papel principal, Daniel de Oliveira contou que treinou pesado, quase todos os dias por um ano. “Lutei em ringues de verdade, assisti lutas e estudei os movimentos do Eder”, disse o ator.
Daniel relembrou que um tempo atrás, decidiu que iria interpretar Eder, e ligou para o boxeador. “Eu disse: Eder, aqui é o Daniel de Oliveira, o senhor não me conhece, eu fiz o Cazuza no cinema e o senhor não deve ter visto..., mas eu gostaria de fazer o senhor no cinema”, contou o ator. Eder lembrou que já estavam trabalhando nisso, o que levou Daniel a desistir da ideia, “mas após 8 anos, eu recebi a notícia de que estava sendo cotado para o filme”.
Já para Osmar Prado, que interpreta Kid Jofre, pai e treinador de Eder, e que conquistou um prêmio pela atuação, a inspiração veio do seu próprio pai, que foi contra sua carreira de ator. Para Osmar, a emoção do longa é implícita. “Era uma geração que não exteriorizava suas emoções”, explica. Sobre o prêmio do Festival de Gramado, o ator falou que sempre se prepara para não receber nada. “Quando você escuta o seu nome ser anunciado, é um impacto”.
Apesar do filme contar a história de alguém importante no cenário do esporte, o produtor Flávio Tambellini afirma que não é um filme de mercado. “É um filme que olha para o entretenimento, mas não é um filme de mercado. Se não o fizéssemos, Eder teria sido esquecido, então o fizemos com muita alma”, disse o produtor. “É diferente de tudo o que foi feito no Brasil, e acreditamos que ele possa abrir um diálogo para falar de pessoas que fizeram sucesso no Brasil, assim como faz o cinema francês, inglês”, completou.
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