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24 Agosto 2018 | Roberto Sadovski

Filme sobre zumbis está há nove meses em cartaz no Japão

O independente “One Cut of the Dead” já faturou mais de duzentas vezes seu orçamento

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(Foto: Divulgação)

Os realizadores de One Cut of the Dead, filme de zumbis com elenco desconhecido e orçamento de apenas US$ 27 mil, que estreou em novembro do ano passado em um cinema de arte com 84 assentos em Tóquio, esperavam uma temporada de seis dias. Eis que, nove meses depois, a produção continua em cartaz, agora em cerca de duzentas salas (e crescendo), com projeção de uma bilheteria de mais de US$ 10 milhões e venda assegurada em diversos mercados internacionais.

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O filme foi dirigido, escrito e montado por Shinichiro Ueda, que aos 34 anos havia participado de oficinas para atuação e produção na Enbu Seminar, escola de arte dramática de Tóquio. Ele teve a ideia inspirado por uma peça que assistiu cinco anos antes e rodou em oito dias, mergulhado em humor nonsense, abrindo a história com um plano sequência de 37 minutos e recheando a trama com referências ao gênero de filmes de zumbi. One Cut of the Dead fez, então, o caminho básico para o terror independente: rodou o mundo no circuito de festivais especializados.

Risadas e aplausos formam o tom, e o distribuidor inicial no Japão, a própria escola em que Ueda estudou, fez uma campanha com descontos para quem chegasse ao cinema fantasiado de zumbi. A estratégia, somada ao buzz que o filme passou a experimentar em mídias sociais, chamou a atenção da Asmik Ace, que entrou como co-distribuidor e, aos poucos, expandiu as salas em julho. A alta rotatividade da cobertura da mídia causou sua programação em ainda mais salas pelo menos até outubro.

O sucesso, porém, teve seu revés. Ryoichi Wada, autor da peça vista por Ueda e apontada como inspiração para One Cut of the Dead, viu o filme em julho e publicou uma mensagem no Twitter sobre como o filme era engraçado. Com o sucesso, porém, Wada agora reclama que o terror é plágio de seu trabalho e já está consultando um advogado.

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