28 Junho 2018 | Vanessa Vieira
Parque exibidor brasileiro cresceu 4,7% nos últimos cinco anos, diz informe da ANCINE
Circuito exibidor manteve abrangência nacional, expandiu em cidades médias e tem ainda poucos megaplexes
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Nesta semana a ANCINE divulgou o Informe de Mercado - Salas de Exibição - 2017, documento que analisa os movimentos do circuito exibidor brasileiro em 2017, atualizando as informações passadas no Informe Anual Preliminar, lançado no início deste ano.
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Além do total de salas ao fim de 2017 – 3.223 salas, crescimento de 2% na comparação com 2016 –, o documento confirma a continuidade da concentração de complexos de quatro a seis salas. Afinal, esses multiplexes correspondem a 43% do parque exibidor, enquanto os que têm mais de 10 salas (megaplexes) são 12% do circuito. Os complexos com poucas salas também têm alta participação, aqueles que têm entre uma e três salas são 20% do mercado.
Em uma retrospectiva de cinco anos, o parque exibidor brasileiro cresceu 4,7%, o que representa o terceiro maior crescimento percentual entre os 10 países com mais salas, ficando atrás da China (29,2%) e da Rússia (8,3%). Já nos últimos sete anos, 2017 teve o quarto maior número de adição de telas com 344, sendo 2016 o ano-recorde com 351.
Abrangência nacional
Nos últimos sete anos, inclusive, o ritmo de crescimento do setor (37% no total) se manteve acima do aumento populacional anual, embora a quantidade de cidades com salas tenha aumentado apena 0,1%, ficando em 7,1%. Ao todo são 396 municípios, que somam 116 milhões de pessoas com acesso a cinema, o que representa 56% da população nacional. No período, a venda de ingressos cresceu 27,7%.
Vale lembrar que as cidades médias brasileiras (entre 100 mil e 500 mil habitantes) tiveram bom aumento no número de salas, 63% em seis anos, sendo que hoje 73,5% desse tipo de município conta com cinema. Nesse contexto, a região Sul se mantém como a única na qual há predominância de telas em cidades médias (215) em relação a municípios grandes (191). No Sudeste, por exemplo, são 981 salas em cidades grandes e 621 em médias.
Atualmente, 97% das cidades grandes, que têm mais de 500 mil habitantes, possuem cinema, enquanto apenas 10,3% dos municípios pequenos (entre 20 mil e 100 mil habitantes) têm telas. Das cidades com até 20 mil habitantes, somente 0,1% possui cinema, o que representa uma queda de 42% em relação a 2011.
Na rua e no shopping
Os cinemas de rua caíram em quantidade em relação a 2016, representando apenas 10,7% do parque exibidor de 2017 com 344 telas contra 351 no ano anterior. Na retrospectiva de sete anos, a queda foi de 2%. Já as salas em shoppings tiveram aumento de 43,8% no mesmo período, fechando 2017 com 89% do parque exibidor e um total de 2.879 salas.
Destaque no ano passado para as ampliações de complexos, com 10 cinemas recebendo esse tipo de reforma. Em 2017 também houveram quatro reaberturas e um total de 37 novos complexos, sendo que 78% contou com até cinco salas, 61,5% com 3D e 23% sendo no Estado de São Paulo. No período foram registradas 26 salas fechadas permanentemente e 13 temporariamente.
Tecnologia
Que a digitalização foi completa, a ANCINE já havia anunciado em relatórios anteriores. Mas neste informe também foram detalhadas as salas que contam com projeção 3D, que representam 42,9% do circuito nacional com 1.385 telas com a tecnologia. O documento destacou ainda que a Cinemark é a rede com mais telas no País, sendo que oferece o 3D em quase metade das suas salas (49,5% de 608), enquanto a Cinépolis conta com a tecnologia em 42,8% das 369 telas, o Kinoplex em 32,7% de 196, a Cinesystem em 49,3% de 146 e a Cine Araújo em 60,1% das 143 telas em 2017.
Das 26 maiores exibidoras do País, a Cine A é a que conta com o maior percentual de salas 3D, 67,9% de 28 telas, e a Espaço a que conta com o menor percentual, 23,9% de 88.
Confira alguns dos principais gráficos do estudo abaixo e veja também o informe na íntegra.
Clique abaixo para ver ampliado:
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