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20 Junho 2018 | Fernanda Mendes

Comédia nacional aborda universo feminino de maneira irreverente e ousada

Novo filme da Downtown/Paris é inspirado em quadrinhos de Maitena Burundarena

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(Foto: Revista Exibidor)

Uma comédia irreverente está por vir nas telas de cinema. O longa nacional Mulheres Alteradas tem distribuição da Downtown/Paris e traz quatro estrelas nos papéis principais: Deborah Secco, Alessandra Negrini, Mônica Iozzi e Maria Casadevall.

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Nesta terça-feira, dia 19, o elenco, diretor e produção receberam veículos midiáticos para uma coletiva de imprensa em São Paulo (SP). Durante o evento, Luis Pinheiro, que assina a direção, explicou o conceito do filme que mostra o universo feminino inspirado nos quadrinhos da argentina Maitena Burundarena. O longa faz alusão constante aos cartuns, com muitas cores, enquadramentos diferentes e planos sequência. “É uma comédia pop, colorida e muito lançada, no sentido de que as atrizes falam umas em cima das outras, como é na vida real mesmo”.

Deborah Secco, inclusive, não escondeu o orgulho de fazer parte do projeto e já afirmou que, se acontecer uma sequência, quer voltar a interpretar a sua personagem. “Eu nunca vi um filme desse no cinema nacional. Ouso dizer que temos uma das melhores comédias já filmadas no Brasil”.

“É um filme popular e autoral, ao mesmo tempo. Todo mundo vai se identificar”, completou Alessandra.

São muitos os motivos pelos quais é uma unanimidade a ousadia deste filme. O elenco contou diversos fatos curiosos durante as gravações e as aventuras para filmar os planos sequência e os enquadramentos bem diferentes. Deborah lembrou que ligava para casa para contar o que estavam “aprontando” no set. Já Alessandra contou que logo no primeiro dia de filmagem, ela levou um coco na cabeça como teste para uma das cenas que iriam gravar.

Universo Maitena

O cartunista Caco Galhardo, responsável pelo roteiro, contou que a própria Maitena já assistiu ao filme e aprovou. Atualmente com seu trabalho conhecido no mundo inteiro, a argentina começou a publicar suas histórias sobre mulheres e para as mulheres nos anos 90. “Ela é uma precursora do feminismo e até hoje uma das poucas cartunistas mulher”, reforçou Galhardo. Segundo ele, uma das questões que a autora sempre abordou foi o grande mote para o filme: “A insatisfação feminina é uma mola propulsora para a mudança”.

Andrea Barata Ribeiro, produtora executiva, ainda lembrou que na época em que foram fazer o roteiro não havia nenhuma personagem ou um arco para a história. Assim, Galhardo pegou muitos livros de Maitena e começou a separar os temas que poderiam abordar: trabalho, amor, filhos. “São questões atemporais”, explicou o cartunista.

Personagens

O longa mostra as alegrias e tristezas de Keka, Marinati, Leandra e Sônia. Quatro mulheres totalmente diferentes, mas que concretizam todos os momentos pelo qual uma mulher já passou ou passará. Confira abaixo os comentários das atrizes sobre cada personagem!

Keka, que enfrenta uma crise no casamento (Deborah Secco) – "Eu pedi para fazer essa personagem em particular, pois das quatro é a única que eu menos me identificava. Brinquei muito de interpretar ela, porque nunca quis salvar uma relação amorosa".

Marinati, a executiva de sucesso que se apaixona (Alessandra Negrini) – "A minha personagem é a mais surreal de todas. A paixão a destrói e brincar com isso foi bem divertido".

Leandra, a eterna adolescente (Maria Casadevall) – "Achei a Leandra o máximo. Ela tem essa eterna juventude que mora em todos nós. Muitas vezes ela reage até de um jeito infantil".

Sônia, a mãe desesperada (Mônica Iozzi) – "Interpretá-la foi um desafio porque nunca pensei em casar. O filme mudou algo em mim porque acho que estou com vontade de ter filhos agora. Vi como as mães são heroínas".

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