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06 Junho 2018 | Fernanda Mendes

Discurso em defesa da exibição mexicana marca 60ª edição do Prêmio Ariel

O evento contou também com 40% dos indicados no sexo feminino

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Armando Casas, Ernesto Contreras, Guadalupe Ferrer, membros da AMACC (Foto: AMACC)

A 60ª edição do Prêmio Ariel, que foi realizado no dia 5 no México, premiou diversos profissionais da indústria cinematográfica do país, incluindo diretores, atores, técnicos e produtores.

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Um dos pontos que teve mais destaque durante a cerimônia foi a fala de Ernesto Contreras, presidente da Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas (AMACC), que defendeu a área de exibição no México e reforçou a necessidade de um apoio maior para as produções regionais. “Necessitamos de uma revisão profunda na nossa lei obsoleta de cinema. Necessitamos de medidas tarifárias e de proteção à exibição de nossa produção. Os bens culturais não podem ser tratados como mercadoria, sujeitos à oferta e demanda que rege o mercado mundial. Exigimos que nossos filmes sejam vistos nas melhores condições possíveis”.

Aliás, o discurso em defesa da comunidade cinematográfica regional foi bastante repetido durante a noite. “Os filmes que competem pelo prêmio revelam algo com suas críticas à violência e intolerância que nos cercam como sociedade. O cinema mexicano evitou ser cúmplice do silencia de uma época sinistra, onde precisamos de uma sociedade participativa para levar o país adiante”, afirmou o ator Héctor Bonilla.

Miguel Rodarte levou o Ariel de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em Tempo Compartido. Aliás, o longa também venceu o Festival de Sundance como melhor Drama Internacional. Queta Lavat e Toni Kuhn receberam o Ariel de Ouro como homenagem às suas carreiras. De acordo com o veículo El Economista, um dado interessante é que entre os nominados, 40% eram mulheres.

Na categoria Melhor Filme Íbero-Americano, o longa chileno Uma Mulher Fantástica levou a melhor. O filme que mostra o drama de uma transexual ganhou o Oscar este ano. O Melhor Filme Mexicano ficou com Sonho em Outro Idioma. O longa também ganhou o prêmio de Melhor Ator para Eligio Meléndez. Karina Gidi e Verónica Toussaint ganharam os prêmios de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente. Amat Escalante levou o prêmio de Melhor Diretor por A Região Selvagem.

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