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06 Junho 2018 | Fernanda Mendes e Vanessa Vieira

Cinema é o principal mercado para a D-BOX

Conheça mais sobre a companhia canadense na segunda reportagem da série especial sobre motion seats e 4D

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(Foto: D-BOX)

Dando continuidade à série especial de matérias sobre as companhias de motion seats e tecnologia 4D para cinema, a segunda empresa é a D-BOX, canadense que surgiu originalmente como uma fabricante de sistemas de som para cinema.

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Na entrevista abaixo, os executivos da companhia contam como a empresa passou a comercializar motion seats e quais são os números atuais da companhia. Confira:

Embora hoje a empresa seja conhecida por suas soluções de movimentos para poltronas, os motion seats, a D-BOX começou sua trajetória ligada ao setor de áudio. O fundador Matthew Bannister, arquiteto e músico, desenvolveu sistemas de som e subwoofers, tendo recebido depois uma demanda para colocar “sensações” na poltrona de cinema. Isso era feito por meio de alto-falantes, instalados para dar a sensação de tremor. É daí que vem o nome da companhia: Dynamic Box (Caixa Dinâmica, em tradução livre).

Segundo Martin Lebeau, VP de marketing, a corporação não mais fabrica soluções para áudio, dando foco total à produção de tecnologia para motion seats e simuladores. “Ainda há a assinatura da D-BOX de fazer com que o movimento amplifique o que o roteiro quer fazer, há algo artístico nisso”, comentou em entrevista à Revista Exibidor em visita ao escritório canadense da marca.

O sistema D-BOX foi usado pela primeira vez no cinema em 2009, no TCL Chinese Theater, nos EUA, com a exibição de Velozes e Furiosos 4.

A solução inclui poltronas individuais com movimentos, com controle de intensidade para que o próprio espectador decida, incluindo ainda a possibilidade de ele desligar a função de movimento se quiser. Michel Paquette, VP de relações corporativas, apontou que o espectador deve vivenciar uma tecnologia “flexível, independente e relacionável”. Ele indicou a solução principalmente para salas VIP ou premium.

Entre os destaques da tecnologia, está a sua conexão direta com a bilheteria, o que garante que somente os assentos (numerados) vendidos funcionem na sessão. “Uma das características mais marcantes é que não queremos ser a maioria em uma sala. O cliente pode começar com algumas poltronas e adicionar mais na medida que o público for conhecendo a tecnologia”, complementou Lebeau.

O executivo comenta que os cinemas são a principal parte do negócio da D-BOX, com poltronas tradicionais ou VIP. Por isso, sentindo que as redes se voltaram na direção da realidade virtual, a companhia entrou nessa área. “Precisamos construir esse mercado de uma maneira que faça sentido”, disse. Uma prova desse interesse foi a abertura de um espaço VR em unidade da Cineplex no Canadá no fim de 2017. Para Lebeau, esse tipo de solução ajuda a conquistar os espectadores, em especial os Millennials.

Números atuais

A D-BOX está presente em quase 40 países do mundo, tendo poltronas instaladas em 669 salas de cinema. Entre os maiores parceiros da empresa, estão as redes Cineplex no Canadá, Cinemark nos Estados Unidos e na América Latina, além de exibidoras na Rússia, Holanda, Alemanha, Japão, entre outros países.

Fábricas e modelo de negociação

Atualmente a empresa conta com três escritórios (Canadá, EUA e China). Vale lembrar que a D-BOX vende suas próprias poltronas, mas que é possível o exibidor adquirir apenas o sistema de movimentação, tomando o cuidado de comprar uma poltrona compatível.

O modelo de negociação é baseado no “revshare”, a partilha de receitas. “Exibidores nos pagam pelo equipamento e nós partilhamos a renda com os estúdios. Dependendo da receita, aplicamos diferentes modelos de retorno”, explicou Paquette. O executivo detalhou que, após fechar um contrato, a D-BOX precisa do desenho da sala de cinema, no qual aponta dimensões das poltronas e pontos de conexão elétrica. Então, essas informações são passadas ao exibidor para que ele possa utilizar os serviços de construção e instalação elétrica que preferir.

Com o desenho pronto, é comum a instalação demorar de cinco semanas a 45 dias. “Não é invasivo, é muito simples de fazer”, comentou.

Manutenção

Lebeau destacou que os assentos D-BOX são conectados ao centro de operações da empresa, permitindo a identificação e a prevenção dos problemas de manutenção da tecnologia. A companhia conta ainda com serviços de entrega de peças. Ele explicou ainda que a instalação dos motions seats é simples: “não há calibragem, é só encaixar”.

Já Paquette também informou que o software da solução é atualizado constantemente e que a companhia ajuda em todos os processos de manutenção.

Últimas novidades

Além do centro VR na Cineplex no Canadá, outras novidades recentes da D-BOX foram o esgotamento de ingressos para salas do formato para Star Wars: Os Últimos Jedi e a expansão da tecnologia junto à rede Cinemark com destaque para a América Latina.

Veja também a reportagem completa na Revista Exibidor de número 29.

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