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18 Maio 2018 | Natalí Alencar

Mercado audiovisual brasileiro tem maior foco em formação de profissionais

Flavia Rocha, diretora da AIC comenta mudança no perfil dos profissionais

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(Foto: Academia Internacional de Cinema)

“O mercado audiovisual brasileiro é um dos segmentos que continua em crescimento, mantendo uma constância”. A afirmação é da diretora da Academia Internacional de Cinema (AIC), Flávia Rocha, em entrevista concedida ao Portal Exibidor.

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Fundado em 2004 pelo cineasta americano Steven Richter e pela jornalista brasileira Flávia Rocha, o espaço oferece cursos técnicos e outros voltados a negócios e áreas diversas dentro da produção audiovisual, como direção, roteiro, direção de arte, produção executiva, pós-produção, documentário, atuação para cinema e TV. Apesar de levar “cinema” em seu nome, a escola oferta cursos para o segmento do audiovisual como um todo.

Flávia comentou a importância da formação profissional como um dos pilares para que as produções brasileiras continuem conquistando o mercado internacional e ampliando a diversidade de produtos. Além disso, comentou que o mercado está numa fase de reconhecimento da importância da formação técnica e profissional de qualidade.

Confira a entrevista na íntegra:

Portal Exibidor - Como você avalia o mercado audiovisual brasileiro?

É um momento muito bom para o audiovisual no mercado brasileiro, de crescimento, mantendo uma curva ascendente. O mercado passou por várias etapas, começou com as leis de incentivo com produção, depois para distribuição, exibição e hoje, finalmente, está começando a entrar na parte de educação, de formação dos profissionais.

A ANCINE está bem preocupada com essa fase, que para nós é muito importante porque tem uma carência de profissionais em várias áreas para produção.

Começamos bem cedo nesse caminho e nossos alunos estão espalhados pelo mercado. Você encontra alunos nossos em eventos, produtoras e empresas.

Essa é uma das novidades que a temos ouvido bastante e estamos em conversas com órgãos competentes, que também estão nessa fase de estudar políticas para fomentar a formação.

Devido a sua experiência e contato com o mercado internacional, o Brasil se destaca na área de produção por algo em especial?

Escuto muito que temos um material humano da parte criativa muito interessante e que estamos começando a diversificar mais e ter uma imagem internacional que discute várias questões e não só sociais, como era um traço bem forte.

Estamos diversificando repertório com mais produções e mais gêneros.

Já o cinema da Argentina, por exemplo, tem um traço mais psicológico, de personagem, já o francês tem o perfil mais filosófico.

No entanto, isso também está mudando, o mundo está muito mais integrado e as histórias começam a ter um caráter internacional, mesmo quando o tema é regional acaba tendo uma repercussão internacional. E o Brasil hoje é um grande mercado internacional.

O Brasil é tão grande, como País produtor e distribuidor, que consegue investimentos de uma ordem bem significativa.

O Brasil tem levado influências para o exterior?

Para os filmes fora do circuito comercial norte-americano, os Festivais têm um papel importante na circulação e o Brasil está sempre presente e com profissionais se destacando.

A formação técnica tem acompanhado o crescimento do mercado?

No Brasil estamos vendo que a qualidade técnica está acompanhando crescimento do mercado e isso tem muito a ver com a formação desses profissionais. Acredito que no Brasil tenha mais de 50 escolas que formam o profissional do audiovisual, de vários perfis diferentes, no nosso caso, somos uma escola muito prática, no estilo “mãos na massa”.

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