23 Março 2018 | Natalí Alencar
Diamond Films promove pré de " 7 Dias em Entebbe" com diretor José Padilha
Cineasta participou de entrevista coletiva e comentou detalhes do projeto
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O diretor José Padilha esteve em São Paulo na última segunda (19) para promover o longa 7 Dias em Entebbe, que tem distribuição da Diamond Films. À noite, ele esteve em uma pré-estreia noCinemark do shopping Cidade Jardim, que contou com convidados da distribuidora, do shopping, da exibidora e da FlixMedia.
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Antes da pré, Padilha também deu uma entrevista coletiva sobre o filme, que chega aos cinemas oficialmente em 19 de abril.
7 Dias em Entebbe tem a trama centrada no sequestro e no resgate dos passageiros do voo 139 da Air France, que viajava de Tel Aviv para Paris, em 1976. Com apenas uma semana para cumprir os ultimatos dos terroristas, Israel deve tomar uma decisão crítica: negociar com eles ou fazer uma tentativa de resgate considerada impossível.
O roteiro do longa é assinado por Gregory Burke. No elenco, estão os atores Rosamund Pike, Daniel Brühl e Eddie Marsan. A trilha sonora é de Rodrigo Amarante, conhecido por ser integrante da banda Los Hermanos. Daniel Rezende, diretor de Bingo, O Rei das Manhãs, é responsável pela montagem e Lula Carvalho assume a direção de fotografia.
Na coletiva, José Padilha comentou o processo de pesquisa e roteiro do filme, além da participação de destaque dos profissionais brasileiros e da escolha do elenco. Confira:
Pesquisa e roteiro
Padilha comentou que o projeto teve uma fase longa de pesquisa e o roteiro foi baseado num livro escrito pelo pesquisador inglês Saul David, que passou 10 anos estudando o ocorrido.
“Eu li o roteiro e vi que o ponto de vista do roteirista era diferente de como a história geralmente é narrada (do ponto de vista militar). Ele contou a história do ponto de vista da relação entre os terroristas e os sequestrados e também os bastidores da decisão de fazer uma operação militar”, disse.
O diretor contou que após ler o roteiro e o livro, foi para Israel, onde entrevistou os policiais, alguns reféns e outros envolvidos. “Meu objetivo era ver se as informações do livro, que contradiziam a narrativa oficial, eram corretas ou não para fazer uma avaliação pessoal antes de assinar o filme, então decidi fazê-lo”.
Participação de brasileiros
Três brasileiros foram chamados pelo diretor para compor a equipe do longa: Lula Carvalho, Daniel Rezende e Rodrigo Amarante.
“É sempre bom, numa filmagem com pouco tempo, você trabalhar com uma equipe que é só olhar que você já sabe o que vai acontecer. E o Lula é já um fotógrafo internacional, famoso e conhecido no mercado americano. Com o Daniel Rezende é a mesma coisa; é um dos montadores mais talentosos do mundo, qualquer pessoa que viu o primeiro filme que ele montou, que é Cidade de Deus, sabe o quão talentoso ele é. Ele fez comigo os dois Tropas também”, comentou Padilha.
Já Rodrigo, o diretor trabalhou com ele em Narcos. “Chamei para fazer o Entebbe e fizemos uma trilha sonora bastante original e muito bonita”, acrescentou.
Para Padilha o trabalho dessa equipe só demonstra quão talentosos são os brasileiros.
Elenco
Sobre a escolha do elenco, o cineasta comentou que um projeto desse porte não poderia contar com uma escalação qualquer.
“Quando li o roteiro eu já pensei no Daniel Brühl. Eu acompanho a carreira dele desde ‘Adeus, Lênin!’ e ele é um ator incrível, então não tive a menor dúvida. A Rosamund Pike foi sugerida por um produtor do filme. Eu falei com várias atrizes, até mais famosas que ela, mas não escalei nenhuma, pois achei que não iria funcionar. Quando eu encontrei a “Rose” perguntei se ela sabia falar alemão. Ela disse que apenas um pouco, mas que aprenderia foneticamente e em três meses ela aprendeu. E, no final das contas, por que eu a escalei? Porque ela é uma atriz brilhante; uma das maiores atrizes do mundo”, finalizou.
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